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WEB 3.0: o que é e qual sua importância?

werb 3.0

O que é a Web 3.0? 

 A origem da internet remonta ao final da década de 60, momento em que se chamava Arpanet e era uma rede fechada, criada para auxiliar os militares norte-americanos na troca de informações entre computadores governamentais.

Em 1989, o físico Tim Berners-Lee resolveu criar uma espécie de banco de dados de hipertexto com links digitados. Dois anos depois, em 1991, o World Wide Web finalmente veio à público com o primeiro site baseado no famoso “www”.

Em 1992, já haviam 10 sites na rede. Em 1994, esse número subiu para 3.000. Em 1996, alcançou 2 milhões – entre eles, por sinal, já estavam a Amazon e o Google, que anos depois viriam a se tornar referências entre os maiores do mundo.

Começou-se a criar um “efeito rede” exponencial que nem mesmo Tim Berners-Lee poderia prever. Até junho de 2021, foram registrados mais de 1.8 bilhão de sites.

Assim, fica evidente que com o “boom” da década de 90, a até então desacreditada internet evoluiu de forma a se tornar um dos pilares centrais da sociedade humana atual.

Hoje, dependemos dela para trabalhar, pesquisar, estudar, entre outras coisas. Ela também nos proporcionou novas formas de interação, relações e entretenimento. Mas, obviamente, nem sempre foi assim, e a web também passou por diversos avanços e fases desde a sua concepção até chegar na concepção da Web 3.0.

 

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Primeira fase: Web 1.0

Na década de 80, a web seguia uma dinâmica muito parecida com os principais veículos de entretenimento e informação da época, que eram a TV e as rádios. Haviam apenas páginas estáticas de empresas e veículos de jornais voltados para propagar informação, e os consumidores do conteúdo ficavam em uma posição passiva quanto a isso tudo. A experiência do usuário – para usar um termo mais atual – era totalmente baseada em leitura.

Criar sites era uma tarefa bem complicada e custosa, e, quando prontos, eles consistiam em conglomerados de textos, hyperlinks e, quando muito, algumas poucas imagens e cores estranhas. Mas, em geral mesmo, o design era baseado em quadros e tabelas, sem espaço para desenvolvimento de recursos muito interativos.

Foi nessa época, portanto, que algumas das grandes empresas de tecnologia surgiram, como o Google e o Yahoo, no intuito de organizar e indexar esses conteúdos publicados. No entanto, a dinâmica foi amadurecendo e estabelecendo novos moldes de configuração nesse ambiente digital.

 

Segunda fase: Web 2.0

O termo Web 2.0 se refere à essa “nova versão” da internet, iniciada por volta dos anos 2000, quando se começou um movimento de levar os usuários para uma maior interação no mundo virtual. Assim, as pessoas deixaram de ser meras espectadoras e passaram a se tornar produtoras de conteúdo, interagindo entre si e criando redes de contato.

A rigidez da Web 1.0 foi saindo de cena, e empresas de tecnologia começaram a lançar as primeiras plataformas e aplicativos de conversa e publicações, como o MSN, ICQ, Whatsapp, Orkut, Facebook, Twitter, Instagram e Youtube, por exemplo. É essa a fase que vivemos até hoje, e ela foi e é responsável por revolucionar a economia e o consumo de conteúdo digital.

Empresas como a Apple, Amazon, Google e Meta, se tornaram algumas das maiores do mundo ao entender a dinâmica econômica gerada ao redor dessa nova estrutura. Pessoas físicas começaram a ter sua fonte de renda originada dos conteúdos produzidos e dos serviços prestados para essas plataformas. No entanto, existe um grande problema que nos leva ao ponto central desse artigo…

 

Terceira fase: Web 3.0

Apesar dos grandes avanços gerados pela Web 2.0, a necessidade por novas formas de uso da internet cresce cada vez mais. A centralização gerada em torno dessas empresas citadas facilita a formação de verdadeiros oligopólios que extraem e controlam dados extremamente refinados de seus usuários para utilizá-los com finalidades publicitárias e de marketing. O dado que em tese era seu, na prática, não é tanto assim…vide o caso de vazamento da Cambridge Analytica.

Entra em cena, então, a figura da Web 3.0, que é a próxima geração da internet. Ela tem por objetivo gerar uma rede mais aberta a todos, descentralizada e que garanta privacidade, e é por isso que o papel exercido pela blockchain é crucial, pois são exatamente essas características que ela proporciona. Nessa nova internet, os dados e informações coletadas não são mais “propriedade” das plataformas, e sim “devolvidos” aos usuários.

Se lá no início de sua existência, a internet enfrentou descrença antes de ver uma explosão em seu crescimento de adoção, com a blockchain não tem sido diferente. Conforme os dados do analista Willy Woo, a adoção dessa tecnologia vem superando a da internet em sua fase inicial, muito em função do Bitcoin. Agora, caminharão lado a lado na construção da próxima geração da internet.

estrutura da web 3.0, bem como da web 1.0 e 2.0

 

Qual a importância da Web 3.0 na atualidade?

A expectativa sobre a Web 3 está diretamente atrelada ao que se espera de redes blockchain. Diferentemente das tecnologias tradicionais, uma blockchain deve ser descentralizada, não havendo controle por uma entidade. Além disso, seu sistema é imutável e a partir do momento que uma informação é registrada, não é mais possível alterá-la.

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A Web 3.0 também deve se basear em confiança direta, cortando a figura do intermediário, que hoje é muito comum. A ideia é que os participantes interajam diretamente de forma ponto-a-ponto, e por isso os futuros aplicativos devem justamente ser desenvolvidos em blockchain (os DApps), garantindo aos usuários a propriedade e privacidade de suas informações.

E isso se estende a todos os demais pontos atrelados a esse universo: certificados de propriedade por meio de NFTs, registros e dados pessoais, dinheiro, etc. A ideia é que essas redes abertas governadas por tokens nativos dê poder aos indivíduos e tudo fique sob controle e gestão destes próprios usuários.

É natural que esse processo encontre alguns pontos de melhoria necessários, como a interoperabilidade entre as redes, escalabilidade, acessibilidade e experiência do usuário, mas inevitavelmente esses obstáculos serão superados e o futuro passará pelos mesmos princípios pregados, há um bom tempo, pelos movimentos cypherpunks.

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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