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NFT: o que é e como funciona?

As criptomoedas representam uma disrupção no sistema financeiro, e as tecnologias e soluções apresentadas são revolucionárias e, às vezes, complexas. Por isso, neste artigo elencamos alguns tópicos conceituais sobre NFT:

 

O QUE É UM NFT?

Antes de abordarmos os NFTs, vamos dar um passo atrás para entender, primeiro, o que são “tokens”. Os tokens são representações digitais de um bem, como uma moeda digital, uma arte, um ativo físico, ou qualquer outro item passível de tokenização.

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Já um NFT, por definição, significa “non-fungible token”, ou token não-fungível. Em outras palavras, isso quer dizer que ele é único e insubstituível, diferente de ativos fungíveis que podem ser trocados por outros itens da mesma espécie sem que haja acréscimo ou decréscimo ao proprietário.

Uma cédula de 100 reais, por exemplo, é um ótimo exemplo de ativo fungível pois pode ser substituída por outra sem que haja nenhuma diferença. O mesmo se aplica a uma caneta bic ou a um saco de arroz. Já a arte, de forma geral, é um ótimo exemplo para explicar a infungibilidade, pois seu preço é altamente subjetivo. Uma réplica da Mona Lisa não terá o mesmo valor da original, certo?

Os NFTs existem desde 2014, mas tem ganhado notoriedade com o decorrer do tempo. Em 2020, o volume de negócios nesse mercado totalizava US$ 106 milhões. Em 2021, houve um salto impressionante para US$ 44.2 bilhões, representando um crescimento de 40.500%. Em 2022, até maio, US$ 37 bi já haviam sido movimentados na soma. Os dados são da plataforma Chainalysis.

gráfico mostrando NFTs e volume de negóciosFonte: Chainalysis

 

Em janeiro de 2022, algumas celebridades viraram manchete ao adquirir esses ativos. O jogador Neymar pagou cerca de R$ 6 milhões por dois itens da coleção Bored Ape Yacht Club. Já o cantor Justin Bieber, que possui um vasto acervo de NFTs, também adquiriu um novo item da mesma coleção de Neymar por aproximadamente R$ 6.9 milhões. Além de pessoas físicas famosas, muitas empresas tem aderido ao ecossistema, como a Nike que comprou uma startup de NFTs no final de 2021.

 

COMO FUNCIONA UM NFT? NÃO BASTA TIRAR UM PRINT?

Essa é uma dúvida muito comum, principalmente para quem está começando no mundo dos criptoativos. É importante destacar que não é somente o fato de serem tokens únicos que os tornam especiais.

Os NFTs revolucionaram a forma como as pessoas passaram a poder provar a titularidade de seus itens digitais. Assim, eles servem como uma espécie de certificado digital estabelecido via blockchain, garantindo também a originalidade e exclusividade.

Antes dos NFTs, era difícil para artistas venderem suas obras de arte digitais porque, uma vez que eram publicadas na internet, qualquer pessoa podia tirar um “print”, copiá-las e alegar ter a versão original.

Ainda que também seja possível copiar a imagem de um NFT de outra pessoa, todos os dados da propriedade do ativo ficam armazenados em blockchain. Assim, você pode até ter um print, mas ele não valerá de nada. Seria como ter uma réplica da Mona Lisa na sua casa, mas todo mundo sabe que a original está no Louvre.

Dessa forma, como a blockchain é pública, o histórico de transações e os metadados dos NFTs são facilmente auditáveis e verificáveis. A rede mais utilizada no contexto dos NFTs é a Ethereum, principal plataforma de contratos inteligentes, mecanismo crucial para o funcionamento desses tokens.

 

QUAL A UTILIDADE DO NFT?

Como a autenticidade, a originalidade e a titularidade são garantidas, conquistam-se diversos benefícios dessa dinâmica, como por exemplo:

  •  Possibilidade dos artistas venderem suas criações

Como citado, pequenos artistas passam a conseguir vender livremente a propriedade de suas obras ao redor do mundo, sem barreiras geográficas, com uma base de consumidores bastante ampla e sem preocupação com cópias e fraudes. Diversos artistas famosos e já consagrados, dos mais variados nichos, desde cantores a jogadores de futebol, também já têm lançado suas coleções. As empresas também não ficam para trás.

  • Configuração de royalties

Além disso, também passa a ser possível configurar a programação de royalties nesses itens digitais para que o criador receba uma porcentagem das vendas sempre que sua obra for vendida para um novo dono. Antes, com as complexidades acerca da propriedade de ativos digitais, isso era inviável.

  • Maior segurança e menor burocracia

Os investidores, por sua vez, têm mais segurança na relação. Eles compram esses ativos, seja por acreditarem na sua usabilidade cada vez mais frequente, seja por especulação, tendo em vista que os “hypes” costumam elevar bastante o preço de algumas coleções. Essas transferências de NFTs podem ser feitas online, não necessitando mais, em tese, dos serviços de um intermediário, cortando custos e poupando tempo.

  • Metaverso

Outro ponto crucial diz respeito aos metaversos. Em uma sociedade cada vez mais imersa em mundos e realidades virtuais, os NFTs desempenham um papel central na garantia da propriedade de itens únicos nesses universos, como terrenos, roupas para seus avatares, pistas automobilísticas, artes, entre outras infinitas possibilidades. Já há, por exemplo, exposições de artes NFT em metaversos que cobram usuários para visitação. Há, também, venda de licenças de táxi, estações de energia e muito mais.

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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