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Coins e tokens: tudo sobre essas duas modalidades de criptoativos!

classes de criptoativos

Um ativo digital é aquele inerentemente intangível e que, como o nome sugere, existe em formato digital (com o perdão da redundância), como imagens, vídeos, templates, perfis de redes sociais, etc. No entanto, não é sobre esse tipo de ativos digitais que pretendemos falar nesse artigo. Dentro desse grupo maior de ativos digitais se encontram os criptoativos, que são aqueles que utilizam criptografia e, em geral, se beneficiam da tecnologia blockchain para funcionar. Estes podem se subdividir entre “tokens” e “coins (moedas)”, e é sobre eles que iremos nos debruçar.

Normalmente, observamos o uso indistinto entre os dois termos acima como se fossem uma única coisa, o que não é correto!

Na verdade, essas duas modalidades se diferem em diversos aspectos fundamentais. Vamos entender, em suma, que enquanto as moedas podem ser consideradas tokens, a recíproca não é verdadeira.

 

O QUE DEFINE FUNDAMENTALMENTE “COINS”?

Tecnicamente, as “coins” são moedas nativas de suas próprias redes blockchain. Pense na rede Ethereum, por exemplo. Seu ativo nativo é o Ether (ETH), certo?

O mesmo vale para a ADA na rede Cardano ou para o bitcoin (BTC) na rede Bitcoin. Dessa forma, assim como a moeda fiduciária, elas podem ser usadas, eventualmente, não apenas como reserva de valor, mas também como meio de troca de bens e serviços.

Sendo assim, o protocolo da blockchain no qual uma criptomoeda específica é executada, é responsável exatamente por emitir suas próprias moedas. É por isso que eles são frequentemente chamados de moeda nativa. Na blockchain do Bitcoin, por exemplo, essas moedas são criadas por meio da mineração.

Além dos exemplos que citamos acima, existem diversos outros. Apesar de uma grande parte dos protocolos derivar do código aberto do Bitcoin, diversos projetos desenvolveram seus próprios códigos e protocolos, como por exemplo:

  • Ripple: XRP
  • Algorand: ALGO
  • Litecoin: LTC

Além disso, outra característica que diferencia os dois nichos é a aplicabilidade em casos de uso. Como dito, algumas moedas como o bitcoin são tidas como uma reserva de valor, oferecendo aos usuários uma alternativa aos bancos tradicionais. Outras se concentram em oferecer alternativas voltadas para transações digitais mais rápidas e baratas. Temos variadas possibilidades projetadas para resolver diversos outros problemas específicos.

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O QUE DEFINE FUNDAMENTALMENTE “TOKENS”?

Diferentemente das moedas, que tem por característica o fato de representarem um meio de troca, os tokens são responsáveis simplesmente por representar um ativo. Nesse sentido, por definição, “toda coin é um token, mas os tokens não são coins”.

Além disso, assim como as moedas, os tokens também utilizam a tecnologia blockchain. No entanto, enquanto as criptomoedas têm suas blockchains próprias, os tokens são construídos sobre blockchains já existentes, o que significa dizer que eles não são nativos dessas blockchains.

Pensemos, por exemplo, na Uniswap, uma das principais corretoras descentralizadas da rede Ethereum. O ativo digital da Uniswap é conhecido como UNI. No entanto, a UNI é construída em uma blockchain diferente pré-existente, a Ethereum, o que a qualifica como um token.

Sendo assim, podemos dizer que uma blockchain tem somente um ativo nativo (moeda) enquanto pode possuir centenas de tokens construídos sobre ela. Enquanto o ETH é a criptomoeda nativa da blockchain Ethereum, existem diversos outros tokens que utilizam da mesma rede, como por exemplo:

  • LINK
  • MATIC
  • USDT
  • BAT
  • LRC

Além disso, diferentemente das criptomoedas, os tokens costumam ter bastante usabilidades em aplicativos descentralizados ou dentro de seu ecossistema próprio. O token da Sushiswap, o SUSHI, por exemplo, é usado para fazer stake, governança e até mesmo para recompensar usuários que depositam ativos em pools de liquidez.

Outro ponto interessante dos tokens é a possibilidade de representar ativos por meio de um crescente processo chamado de “tokenização”, que está contribuindo para mudar a forma como os investimentos são realizados, não se restringindo somente a ativos digitais, mas também “fragmentando” ativos reais em porções digitais para possibilitar negociações. Com isso, vem-se expandindo ainda mais as subdivisões existentes de tokens. Vamos dar uma olhada em algumas delas:

  1. Utility tokens: São aqueles que apresentam utilidade em alguma aplicação específica, funcionando por exemplo como garantidores de direito a voto, de acesso a uma rede, serviço ou benefício, cupons de pré-venda, entre outras possibilidades. No exemplo que demos da UNI, é aqui que ele se enquadra, funcionando como um utility token do protocolo da Uniswap.
  2. Security tokens: São aqueles que representam algum valor mobiliário, como uma ação negociada na Bolsa. Como estão ligados a produtos regulados, precisam também atender às regras de regulamentação vigentes.
  3. Payment tokens: É o tipo mais conhecido de todos. São justamente aqueles usados para transferência de capital, funcionando como dinheiro eletrônico. Basicamente, são as criptomoedas. Há muita gente que classifica bitcoin e ether como Payment Tokens. Lembram que falamos que nem todo token é moeda, mas toda moeda pode ser entendida como token? Pois bem, é aqui que elas se encaixariam.
  4. NFTs: Os non-fungible tokens são aqueles que representam algo único e que, portanto, não podem ser substituídos, sendo infungíveis. Podem representar obras de arte, capas de revista, músicas, itens de jogos, etc.

 

Dessa forma, fica evidente o quão é mais trabalhoso construir uma moeda do que um token. Imaginem um futuro onde apenas 15 blockchains serão relevantes, e todos os tokens existentes até lá se encontrarão espalhados entre elas. Em contrapartida, o processo de “tokenização” possibilita infinitos casos de uso e apresenta alta flexibilidade e democratização de acesso aos investimentos. Caminham juntos na construção de um ecossistema sólido e promissor.

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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