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Criptomoedas: entenda todos os conceitos gerais!

criptomoedas

“Criptomoedas” é o nome genérico que se dá para moedas digitais descentralizadas, isto é, que não são emitidas e controladas por nenhum governo ou órgão.

Pelo contrário, como nasceram no bojo de movimentos que pregam a liberdade e autonomia dos indivíduos,  são eles próprios os responsáveis por fazer a rede funcionar.

Essas moedas, por serem digitais, são intangíveis e só existem na internet. Para isso, elas funcionam utilizando uma rede distribuída por meio de uma tecnologia inovadora que faz a mágica acontecer: a blockchain.

A blockchain funciona como um grande banco de dados que armazena essas informações em blocos conectados e de maneira pública. Por isso o nome “blockchain” (cadeia de blocos).

A ideia é garantir descentralização, diferentemente dos sistemas tradicionais que utilizam redes centralizadas. Grandes bancos, empresas e instituições em geral ainda utilizam esse mecanismo onde há um servidor central no qual estão conectados diversos outros dispositivos. O problema é que caso haja algum problema nesse servidor, todos os usuários conectados são comprometidos.

Já com a utilização de rede distribuída, cada pessoa conectada à rede funciona como um servidor próprio. Assim, caso haja problema em um dos pontos, todos os demais se mantém ativos e funcionando perfeitamente, fazendo com que o funcionamento da rede permaneça operante e íntegro.

Para garantir que essa rede seja segura e as pessoas possam utilizá-la, são empregados mecanismos super avançados de criptografia que protegem as transações e os dados dos usuários. É graças à criptografia, portanto, que há a emissão e transação de moedas. E é daí, inclusive, que se origina o termo “criptomoedas”.

Neste artigo, elencamos as principais dúvidas quando o assunto são as criptomoedas:

 

COMO CRIPTOMOEDAS SÃO CRIADAS?

Existem diversas criptomoedas diferentes que utilizam os mais variados mecanismos. Sendo assim, essa criação pode acontecer de diversas formas, e as duas principais e mais conhecidas se chamam “Proof-of-Work”, que se refere à famosa mineração, e Proof-of-Stake.

  1. Proof-of-Work

A mineração é o processo responsável por avaliar e validar os dados na blockchain. Lembram que falamos que os próprios usuários fazem a rede funcionar? Então…

Os mineradores são usuários da rede que dispõe de enorme poder computacional. Eles colocam seus hardwares trabalhando para tentar achar a solução de equações matemáticas complexas na base de tentativa e erro. Essa tarefa não é simples, e como o processo demanda inúmeras tentativas repetitivas do computador, é necessário um alto investimento financeiro para adquirir equipamentos super potentes capazes de realizá-las.

Quando o primeiro minerador realiza esse cálculo da maneira correta, recebe criptomoedas daquela rede como recompensa de forma automática. Esse é o processo realizado, por exemplo, com o bitcoin. É assim que novas transações são validadas e incluídas na cadeia de blocos que registra todas as movimentações. Esse é o processo que, hoje, também é implementado pela rede Ethereum. No entanto, a Ethereum está mudando seu mecanismo para a segunda alternativa citada no texto, o que nos leva ao segundo ponto:

 

  1. Proof-of-Stake

Nesse mecanismo, falamos em “validadores” no lugar de “mineradores”. Aqui não há uma corrida para ver quem resolve soluções matemáticas mais rápido. Dessa forma, não é necessário um esforço computacional e, consequentemente, não há um alto gasto de energia.

No Proof-of-Stake, esses validadores colocam suas criptomoedas em “Stake”, o que significa bloqueá-las por um certo período de tempo para ajudar no processo de segurança e validação das transações . A ideia é justamente que o usuário demonstre que se está bloqueando uma grande quantidade de moedas, não deve representar uma ameaça à rede.

 

  1. Stablecoins

É necessário falar também das criptomoedas que não estão sujeitas a esses processos. As “stablecoins” são criptomoedas que visam manter um valor estável ao estabelecer paridade com reservas de valor. Por exemplo, DAI, Tether (USDT) e USDC são todas stablecoins atreladas ao dólar americano. Existem duas modalidades principais dessas “moedas estáveis”:

 

  1. Algorítmicas: Não possuem lastro em outros ativos. Mantêm paridade com o ativo ao qual estão atreladas por meio de algoritmos e contratos inteligentes na blockchain.
  2. Colateralizadas: São aquelas que possuem lastro em outros ativos, como moedas fiduciárias, commodities e até mesmo outras criptomoedas. Assim, para cada stablecoin gerada, o emissor deve contar com uma reserva equivalente armazenada em caixa. Este é, em tese, o caso da USDT e USDC citadas acima, que possuem paridade de 1:1 com o dólar e têm seu preço garantido por reservas de ativos tradicionais como títulos de Tesouro, títulos comerciais e dinheiro em espécie.

 

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CRIPTOMOEDAS SÃO SEGURAS?

Como dissemos, um dos pilares basilares das criptomoedas é a criptografia, que confere uma camada de segurança online responsável por dificultar qualquer tipo de fraude. De forma simplificada, a criptografia serve para embaralhar e codificar uma informação no intuito de que somente quem tem a chave consiga decifrá-la, impossibilitando a leitura em caso de interceptação.

Essa tecnologia permite, portanto, proteger dados sigilosos e documentos importantes, garantindo a privacidade das informações e permitindo o tráfego de mensagens com segurança. Essa preocupação com formas secretas de comunicação se iniciou lá por volta de 500 a.C., por meio de sistemas naturalmente arcaicos, e foi se desenvolvendo até chegar no que conhecemos hoje.

O que já aconteceu no ecossistema das criptomoedas foram casos de roubo nas corretoras e carteiras digitais. Em 2019, uma das maiores exchanges do mundo avisou ter sido alvo de um roubo, em bitcoins, estimado em quase US$ 41 milhões por meio de técnicas de phishing. Isso não tem nada a ver com a segurança da rede em si, e sim das corretoras e carteiras nas quais os ativos estavam armazenados. Casos como esse são relativamente recorrentes, principalmente em corretoras de menor porte.

Golpes com Criptomoedas: 11 Recomendações para sua segurança!

 

Por isso, existe uma máxima nesse meio que diz “Not your keys, not your coins”. Portanto, sempre mantenha você mesmo a custódia das suas criptomoedas por meio de carteiras seguras, sejam “hot wallets” de renome, aquelas conectadas à internet e, portanto, com algum grau maior de insegurança, ou “coldwallets”, que são as que permanecem offline e se mostram bem mais seguras. O principal é não mantê-las nas corretoras e, se possível, utilizar preferencialmente as coldwallets.

Apesar de muitos “cripto-maximalistas” serem radicalmente contra qualquer tipo de regulação das criptomoedas, uma dose pequena e pontual pode ser extremamente necessária e eficiente ao regulamentar a atividade e responsabilidade de prestadores de serviços como corretoras nesse ciclo.

Portanto, a regulação em si não é problemática, e sim a forma como ela deve ser feita e em que pontos deve tocar. Ataques hackers, erros de servidor e perdas de chave privadas dos usuários são alguns riscos que podem acarretar na perda de suas criptomoedas de forma irrecuperável. Como nos ensinou o médico e físico suíço-alemão Paracelso no século XVI: “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”.

 

 

PARA QUE SERVEM AS CRIPTOMOEDAS?

Assim como o real e o dólar, as criptomoedas servem para comprar serviços e produtos online. No entanto, com o decorrer do tempo e em função da tecnologia empregada em seu funcionamento, passaram a ser vistas cada vez mais como oportunidade de reserva financeira de longo prazo. Em que pese o longo debate acerca de serem ou não reserva de valor, algumas de suas outras principais funções de destaque incluem:

  1. Transferência sem intermediários

As transações são feitas na rede de um ponto a outro, sem necessidade de intermediários, o que corta custos desnecessários e confere autonomia e liberdade financeira e de escolha a seus usuários.

 

  1. Resolução de uma dor do mercado

Existem inúmeras criptomoedas diferentes que tentam solucionar as mais diversas dores do mercado. Assim, quanto maior for o problema, maior será o valor das tecnologias que pretendem superá-lo.

A Ethereum, por exemplo, segunda maior criptomoeda em capitalização de mercado, permite a criação de aplicações descentralizadas e até mesmo de outras criptomoedas em sua rede.

A utilização dessas ferramentas tecnológicas inovadoras tem sido cada vez mais crescente no ecossistema, e os protocolos sólidos e embasados prometem formas de revolucionar praticamente todos os nichos de mercado.

O crescimento de novos projetos é exponencial, o que torna as opções extremamente vastas na hora de investir. Por um lado, é sempre bom ver o mercado apresentando alternativas. Por outro, é mais difícil analisar e escolher um ativo.

 

COMO FAÇO PARA INVESTIR EM CRIPTOMOEDAS? QUAL O VALOR MÍNIMO?

Para começar a investir, é muito fácil. Primeiro, sugerimos que opte por plataformas seguras, com credibilidade e tempo de mercado, como a Mercado Bitcoin, onde você pode começar a investir com apenas R$ 50. Basta seguir os passos:

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ANALISANDO UMA CRIPTOMOEDA

Analisar uma criptomoeda de forma embasada demanda bastante foco e responsabilidade. Para isso, alguns passos devem ser observados com muito afinco.

1) Análise do protocolo e nicho no qual está inserido

É essencial analisar qual a tecnologia daquele projeto que você pretende investir, o mercado no qual ele se encaixa e quais as formas de aplicação dessa tecnologia na solução do problema. Entendendo o nicho e entendendo o protocolo em si, o primeiro passo está dado.

 

2) Métricas e dados

Essa análise deve ser sempre embasada por dados, números e métricas. Como a blockchain funciona como uma base de dados pública, é possível extrair informações super interessantes e relevantes para dar robustez e fundamento na percepção e avaliação do criptoativo.

 

3) Time, desenvolvedores e investidores

Crucial também se manter bem informado sobre a equipe que está por trás do projeto. Buscar informações sobre seu histórico, experiência e background em outros projetos inovadores e disruptivos, analisar o comprometimento e proatividade da equipe, entre diversos outros fatores.

 

4) Comunidade

O engajamento da comunidade é um fator que, sendo analisado de maneira integrada com as outras etapas, pode ajudar na avaliação do quanto aquele projeto se conecta com seus usuários, do quão conhecido é e de quanta tração está ganhando.

 

5) Roadmap

Um protocolo sólido deve contar com um bom cronograma estabelecendo os próximos passos que irão ocorrer. A ideia é fornecer uma ideia clara dos desenvolvimentos futuros e de qual caminho aquilo pretende tomar. Assim, é crucial ficar de olho se esses prazos estão sendo cumpridos e se as promessas estão sendo entregues.

 

6) Análise de risco

Por último mas não menos importante, entenda se aquela criptomoeda pode apresentar algum problema na prática. No fim do dia, a teoria é importante mas é a prática quem dita o sucesso. Crie “contra-teses” e levante os pontos que podem dar errado para colocar na balança. Analise também se aquele projeto pode sofrer, por exemplo, problemas regulatórios.

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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