Se você é novo no mercado de fundos imobiliários, talvez tenha ficado assustado, no último dia 26, ao consultar o gráfico do fundo CPTS11, constatando uma queda de aproximadamente 90%. Com isso, o preço da cota do fundo, que valia cerca de R$ 85,58 no dia 25, despencou para R$ 8,58 no dia seguinte.
Afinal, ao que se deve esse movimento?
Primeiramente, acalme-se, pois não há motivo nenhum para pânico! Na verdade, essa queda já era esperada desde o início do mês, mais precisamente no dia 5 de setembro, quando a gestão do fundo CPTS11 anunciou um novo desdobramento de cotas na proporção de 1 para 10, agendada para o encerramento da sessão da Bolsa de Valores no dia 25 de setembro!
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Se você não está familiarizado com o termo, basicamente, um desdobramento de cotas, também chamado de “split de cotas”, é uma prática feita por um fundo imobiliário para aumentar o número de cotas em circulação no mercado, ao mesmo tempo que reduz o valor nominal de cada cota. Em outras palavras, de forma prática, isso significa que cada cota do fundo CPTS11 se dividiu em 10. Não à toa, como mencionamos a cota saiu de R$ 85,58 para R$ 8,58.
Portanto, é importante ressaltar que o desdobramento de cotas não afeta o valor total do investimento do cotista, tendo em vista que, embora o valor de cada cota diminua, o número de cotas aumenta na mesma proporção. Importante destacar que o desdobramento também não gera um desconto no valor patrimonial das cotas, uma vez que o preço da cota patrimonial também será reajustado na proporção de 1 para 10.
Ou seja, nada muda para o investidor do fundo CPTS11, uma vez que o valor total financeiro não mudou! E nada mudou na operação do fundo!
O objetivo principal deste mecanismo é tornar as cotas cada vez mais acessíveis aos investidores, possibilitando que consigam elevar suas posições no FII, além de aumentar a liquidez e também o potencial de capturar mais atenção e interesse do mercado, tendo em vista que preços altos de cota podem afastar os investidores e criar uma barreira de entrada desnecessária.
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Saiba mais sobre o fundo CPTS11:
O Capitânia Securities II é um FII de recebíveis, popularmente conhecido como fundo de papel, o que significa que ele investe majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). No entanto, também destina parte do capital para investir em cotas de outros FIIs até o limite de 30% do seu valor patrimonial.
Para que tenhamos uma boa noção do que estamos falando, até o fim de julho (último relatório gerencial disponibilizado), o fundo alocava cerca de 68,7% do portfólio em CRIs (O segmento com maior percentual é o de Logístico/Industrial com 42.2% da carteira de crédito, representando 29.0% do total dos ativos), enquanto 27,7% eram destinados a cotas de outros FIIs (dentro da alocação total em FIIs, 27.2% são em Lajes Corporativas, 23.4% em Logística e 23.0% em Renda Urbana). Os 3,6% remanescentes, é claro, permaneciam em instrumentos de caixa.
Ainda sobre o relatório gerencial, a gestão destacou seu objetivo de continuar com a estratégia high grade visando uma perspectiva de melhora para o fundo, mesmo com o atual momento de deflação e/ou inflação baixa. Foi destacado, ainda, a manutenção da estratégia de reciclagem do portfólio.
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