Como a governança corporativa influencia seu portfólio?

governança corporativa

O termo “governança corporativa” é amplamente conhecido no mercado financeiro e quase sempre associado a uma estratégia comercial das empresas ou algo que as companhias devem seguir. Porém, nem todos sabem o quanto esse termo está interligado aos seus próprios investimentos, especialmente na compra de ações.

Pensando nisso, elaboramos esse material que pode te ajudar a identificar as companhias mais adequadas para compor seu portfólio de investimento:

 

O QUE É E COMO FUNCIONA A GOVERNANÇA CORPORATIVA?

Para que o investidor possa ter mais clareza em suas tomadas de decisão, a Bovespa passou a utilizar uma série de critérios para diferenciar seus ativos e companhias listadas – a partir daí surgiram diferentes níveis para medir a governança corporativa.

De forma geral, o sistema reúne ferramentas e padrões de boa prática de gestão, além de visar o relacionamento entre o investidor e as companhias.

Posteriormente a uma companhia abrir seu capital na B3, é necessário que ela mantenha transparência em suas operações, o que a beneficia por aumentar a confiança dos acionistas e do mercado de capitais, por meio das regaras de governança corporativa.

Veja também:

O que é B3?

 

Entre os princípios da governança corporativa estão:

  • Transparência: é necessário o fornecimento de todos os dados sobre a empresa a todos os possíveis interessados;
  • Equidade: todas as partes (companhia e acionistas), são tratados de forma igual;
  • Prestação de contas (accountability): em suma, é a declaração completa referente a todas as movimentações financeiras da companhia;
  • Responsabilidade corporativa: Todos os agentes da companhia devem prezar pela saúde e imagem econômico-financeira da empresa.

 

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QUAIS OS NÍVEIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA?

Fonte: BM&FBovespa e http://www.investpedia.com.br/artigo/Os+mercados+Novo+Mercado+Nivel+2+Nivel+1+etc.aspx

 

Mercado tradicional

De maneira geral, podemos encarar o Mercado Tradicional como sendo aquele que responde as exigências mínimas previstas pela legislação brasileira a respeito das companhias de capital aberto.

 

Nível 1 

O nível 1 se encaixa no terceiro lugar entre os níveis de governança da B3 quanto a exigências seguidas.  No nível 1, a principal responsabilidade da companhia é a realização de reuniões expositivas com analistas e investidores. Além disso, nesse nível as companhias precisam que pelo menos 25% de seu Capital Social esteja em circulação e o tag along seja de 80%.

 

Nível 2 

A maior diferença entre os dois níveis (1 e 2), é que as empresas listadas no segundo nível da B3 podem disponibilizar no mercado ações ordinárias e preferenciais e devem manter o tag along de 100% em caso de mudança (venda) do controle da companhia. Além disso, o conselho administrativo deve conter, ao menos 20% de conselheiros independentes.

No nível 2 as demonstrações contábeis necessitam ser padronizadas segundo a regulamentação da B3.

Os dois primeiros níveis (1 e 2) são os chamados níveis diferenciados de governança corporativa da Bovespa, criados para incentivar e levar as companhias a aderirem ao Novo Mercado.

 

Dentre os níveis de governança corporativa, temos também:

Bovespa Mais Nível 1 

É voltado a companhias de menor porte, ou seja, no caminho para a abertura de capital (IPO). Nesse nível, a empresa deve emitir apenas ações ordinárias e oferecer 100% de tag along, tendo até 7 anos para realizar sua abertura de capital.

 

Bovespa Mais Nível 2 

É bem semelhante ao Bovespa Mais Nível 1, sendo a diferença mais gritante na emissão de ações ordinárias e preferenciais. Nesse caso, as companhias também necessitam manter o tag along 100% para os 2 tipos de papéis.

  

E O NOVO MERCADO?

Após entender do que se trata os níveis anteriores, se torna mais fácil compreender o Novo Mercado. Dentre os 5 níveis de governança corporativa, o Novo Mercado representa o maior nível e o mais restrito para as companhias.

As empresas incluídas devem ser consideradas pela Bovespa como exemplos de gestão de qualidade e transparência dentro do mercado de capitais — o que vem a ser vantajoso para ambos (para investidores e companhias).

Sendo assim, as companhias devem:

  • Ter 100% de suas ações como ordinárias;
  • Garantir 100% de tag along;
  • Manter o comitê de auditoria ativo, além de um setor especializado em auditoria interna;
  • Ter pelo menos 20% dos conselheiros na categoria independente, dentro do conselho de administração;
  • Devem elaborar e publicar seus resultados, prestações de contas, políticas de remuneração e indicação de membros ao conselho administrativo de forma padronizada.

 

Como você viu, os níveis de governança são essenciais para estabelecer critérios que posteriormente se tornam uma classificação confiável para companhias listadas na bolsa. Além disso, todos esses critérios ajudam muito o investidor a analisar as ações de interesse, antes de investir de fato.

Sendo assim, quanto maior o nível de governança, mais alinhada aos padrões da Ibovespa e aos interesses do mercado, está a companhia.

Em suma, o mercado de capitais doméstico prevê que, no longo prazo, a tendência é que cada vez mais as empresas passem a compor os níveis mais altos de classificação e implementem padrões mais elevados de governança.

 

Nós do Hub do Investidor, acreditamos que as companhias das quais você deseja se tornar acionista devem estar alinhadas aos padrões de qualidade de governança corporativa previstos pela Ibovespa. 

O Hub Pro é um dos nossos serviços que pode te auxiliar nesta análise de desempenho do mercado acionário, clique aqui e saiba mais!

 

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Leonardo Ribeiro

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