Escolher as melhores criptomoedas do mercado para investir não é uma tarefa fácil. Se abrirmos o coinmarketcap agora, seremos confrontados com a existência de mais de 26.000 opções disponíveis apenas na referida plataforma de monitoramento. Sendo assim, uma boa seleção criteriosa desses projetos envolve uma análise detalhada, levando em consideração diversos fatores técnicos e fundamentais.
Afinal, a qualidade e o potencial de uma criptomoeda podem variar bastante, e é importante adotar uma abordagem informada e estratégica ao tomar decisões de investimento. Não se enganem: é necessário muita dedicação e infinitas horas de estudo!
Dito isso, o primeiro ponto a se destacar é a necessidade de traçar um plano para seus investimentos. É crucial entender o que você busca e estabelecer uma filosofia bem definida de estratégia. É por isso que, aqui no Hub do Investidor, temos carteiras voltadas para os mais diferentes perfis de investimento!
Em suma, visamos encontrar oportunidades onde haja bastante assimetria entre o preço dos ativos e seu valor gerado. Nosso objetivo é buscar oportunidades onde os potenciais ganhos de um projeto sejam superiores às potenciais perdas, avaliando o risco retorno como um dos principais pilares de nossa metodologia.
Mas, antes de tudo, qual a diferença entre “preço” e “valor”?
Pois bem, essas podem parecer definições simples e similares, mas que na prática significam diferenças, muitas vezes, gritantes. Podemos definir o “preço” como uma quantificação estabelecida pelo mercado, enquanto o “valor” diz respeito à utilidade gerada por aquele determinado bem. Nas palavras de Benjamin Graham:
“O preço é o que você paga, o valor é o que você leva”.
E como fazemos essa análise?
Na verdade, o processo é bastante extenso e impossível de ser resumido em um texto. Mas como o universo das criptomoedas é extremamente vasto, veloz e cheio de informações, podendo dificultar o investidor iniciante a saber por onde começar, resolvemos separar três dicas valiosas para servir de norte nos estudos! Coisas que eu gostaria de ter aprendido lá atrás, quando comecei, e que servem de espinha dorsal na hora das avaliações. Vamos à elas!
Três dicas para o investidor iniciante de criptomoedas:
1) Filtro inicial: Busque ativos que façam sentido
Devemos avaliar o mercado de uma ótica prática e utilitarista. Assim, começamos a análise sempre buscando identificar quais são os principais problemas existentes no ecossistema das criptomoedas e quais são as soluções propostas para resolvê-los.
Nos últimos anos, por exemplo, vimos um crescimento acentuado de exploits em pontes que conectam diferentes redes.
Uma forma de lidar com essa questão é desenvolver protocolos de camada 0 como a cosmos, eliminando o uso de pontes vulneráveis a esses ataques e aumentando a segurança das transações, por exemplo. Para se manter informado, siga especialistas e fontes confiáveis.
Deixaremos abaixo algumas sugestões:
- https://twitter.com/hasufl
- https://twitter.com/DylanLeClair_
- https://twitter.com/VetleLunde
- https://messari.io/dashboard
- https://k33.com/info-research
- https://www.nansen.ai/research
2) Aprofunde os estudos
Após identificar criptomoedas que buscam resolver os problemas encontrados e filtrar as recomendações dos analistas, vale fazer uma análise criteriosa para avaliar se vale, ou não, aprofundar no estudo daquele projeto.
Aqui no Hub do Investidor, temos uma metodologia própria pautada em seis pilares, clique aqui e saiba mais!
No entanto, inicialmente e do ponto de vista de investimento, uma boa dica é estreitar o objeto de estudo principalmente em tokenomics e modelo de operação.
- Basicamente, o tokenomics consiste no estudo das propriedades econômicas daquele token, entendendo como ele gera e distribui valor para seus holders. Temos um artigo próprio sobre o tema que pode ser lido clicando aqui. Em síntese, avaliamos alguns pontos como sua “oferta total” para entender como a quantidade de tokens emitidos poderá afetar na oferta e demanda e, consequentemente, na valorização de longo prazo. Dito isso, é crucial entender também como se dá a emissão desses tokens ao longo do tempo e se há mecanismos de queima.
- Já ao analisar o modelo de operação, a ideia é entender qual o problema que aquele projeto pretende solucionar para, posteriormente, avaliar como ele irá fazer isso e quais suas vantagens competitivas. Isso é o mais importante de tudo: lembrem-se de ser práticos! No Whitepaper (documento oficial dos projetos), todos prometem solucionar os mais variados problemas da humanidade.
Para acessar informações sobre o modelo de operação e sobre o tokenomics do projeto, acesse o site oficial da criptomoeda, leia seu whitepaper e procure por informações em canais oficiais e/ou analistas gabaritados.
Também é válido buscar por informações em fóruns e comunidades online como Reddit e Telegram, desde que você tenha conhecimento suficiente para saber filtrar as informações.
Fazemos todos esses trabalhos por você aqui no Hub Crypto!
Mas, de qualquer forma, para uma análise independente, fique abaixo com duas dicas de plataformas interessantes para esta seção:
3) Avalie a segurança e o time
Investigar a segurança dos protocolos é um dos pilares centrais da análise. De nada adianta ter um bom tokenomics, ótimo fit de mercado e proposta inovadora, se tudo isso for colocado em risco por falhas de segurança sistêmicas.
E se você não tem conhecimento técnico sobre programação, não se preocupe, pois há outras formas de conseguir se resguardar em alguma medida sobre essas possíveis falhas nos projetos. Primeiramente, estude como a rede em análise se mantém integra. Esse estudo independe de conhecimentos muito rebuscados e pode te fornecer insights valiosos.
Já sobre fragilidades técnicas em si, uma dica é consultar a qualidade do código. Se você é gabaritado no assunto, verifique se o código-fonte do projeto é aberto e se é constantemente atualizado e aprimorado pelos devs.
Já se você é leigo, uma dica interessante é pesquisar sobre auditorias realizadas por empresas especializadas, como a ConsenSys Diligence, Quantstamp, Certik, Trail of Bits, entre outras. Também é interessante consultar se os projetos possuem programas de “bug bounties” para “caçar” e corrigir falhas, demonstrando o comprometimento da equipe.
Abaixo, duas sugestões de plataformas onde você pode acessar esses dados:
E por falar em equipe, este é outro ponto de extrema relevância. Na nossa avaliação, talvez um dos principais da avaliação. Quando pensamos nos projetos crypto como empresas que se propõem a estabelecer negócios, optando por investir em seu token, estamos basicamente nos associando a ela.
Ter uma equipe madura, responsável e com credibilidade e competência é crucial para o sucesso do projeto a longo prazo. Para isso, consulte o site oficial do projeto e avalie o background dos integrantes do time!
Com estas dicas, você já terá um norte interessante do que deve analisar inicialmente!