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Staking de Ether: conheça os 4 tipos disponíveis no mercado!

Staking de Ether

Com a mudança no mecanismo de consenso da Ethereum de Proof-of-Work para Proof-of-Stake, passamos a contar com a figura dos “validadores” ao invés dos antigos “mineradores”, expandindo o horizonte de possibilidades de negócios e recompensas para investidores dispostos a participar do processo de validação da rede.

No entanto, para realizar o processo de staking on-chain na Ethereum, são necessários 32 ETH para rodar seu próprio nó validador, além do custo de montagem da infraestrutura de hardware necessária e dos riscos de “slashing” em caso de mau comportamento.

Assim, esta modalidade afasta fortemente o usuário comum e tende a ser dominada por players especializados com experiência em centros de processamento de dados.

E ainda que estejamos falando de um investidor altamente capitalizado, o processo envolve também um tema delicado que é a custódia dos ativos, motivo pelo qual muitos deles optam por não realizar o staking por conta própria, preferindo contar com serviços de corretoras centralizadas, por exemplo.

É aqui que entre o tema do nosso artigo de hoje! Em função da quantidade de entraves, diversas alternativas começaram a surgir no mercado e passaram a possibilitar que um número cada vez maior de usuários e, consequentemente, de ethers (ETH) passe a ser empregado na segurança econômica da rede.

Tais alternativas já são, inclusive, abordadas pelo próprio site oficial da Ethereum como tipos possíveis de staking de Ether. Veremos a seguir.

 

Tipos de Staking de Ether disponíveis:

Conforme as informações oficiais fornecidas pelo site da Ethereum, podemos classifica-los em 4 tipos:

 

Solo Staking:

Consiste na modalidade que falamos na introdução. Basicamente, é o ato de executar um nó da Ethereum por conta própria, depositando 32 ETH para ativar um validador e não precisando confiar suas moedas a um terceiro, o que significa dizer que manterá a custódia dos ativos consigo.

Assim, caso o investidor possua capital e disponibilidade de rodar um computador dedicado 24/7 para exercer a atividade – computador este que será utilizado para executar os clients (“softwares”) de “segurança” e de “consenso” – terá como benefícios a capacidade de participar diretamente do consenso da rede, contando com 100% das recompensas provenientes diretamente do protocolo. Além disso, contribuirá para fomentar a descentralização da Ethereum.

Podemos dizer, portanto, que esta é a forma mais robusta de staking de Ether no que tange à ajudar na proteção da rede. Em síntese:

I. Prós: Participação direta; Fomento da descentralização; Contribuição intensa na proteção da rede; recebimento de 100% das recompensas; manutenção da custódia própria dos ativos.

II. Contras: Necessidade de 32 ETH; Necessidade de computador específico dedicado exclusivamente para a atividade.

 

Staking as a Service (SaaS):

O “Staking como serviço” representa uma categoria de serviços de staking onde o usuário deposita seus próprios 32 ETH para um validador, mas delega a operação do node a um terceiro em troca de, normalmente, uma taxa mensal. Ou seja, esse usuário ainda precisa da referida quantia de 32 ETH, mas terceiriza a parte técnica que envolve a operação de hardwares sem abrir mão das recompensas.

Para que o mecanismo funcione, portanto, há uma evidente necessidade de confiança nesse provedor terceirizado de staking uma vez que o usuário precisará transferir a ele o poder de assinar transações como um validador para que opere “em seu nome”.

Importante frisar que as chaves privadas para sacar as moedas ficam sob posse do usuário, o que limita parcialmente os riscos.

I. Prós: Não precisar se envolver com a parte técnica de hardwares e nem arcar diretamente com os custos de um computador especializado.

II. Contras: Continua precisando dos 32 ETH; Paga uma taxa em troca da terceirização da parte técnica; transfere ao provedor o poder de assinar transações como validador em seu nome.

 

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Pooled Staking:

As “pools de staking” dizem respeito a uma abordagem bastante interessante, democrática e colaborativa que permite que diversos usuários com menos de 32 ETH consigam participar do processo de validação ao colaborarem com suas pequenas quantias para ativar um validador. Esta funcionalidade não é suportada nativamente pela rede Ethereum.

Sendo assim, diferentes soluções foram criadas por terceiros separadamente para atender a esse problema, e hoje podemos contar com plataformas como Lido e Rocket Pool, por exemplo. Algumas dessas pools operam usando contratos inteligentes onde os fundos podem ser depositados.

Esses contratos gerenciam e rastreiam o stake do usuário de forma “trustless”, emitindo um token que representa o valor depositado.

Em outras palavras, normalmente envolvem serviços de liquid staking que tokenizam o ether (ETH) a partir de um token de liquidez configurado no padrão ERC-20, preservando a custódia do investidor. Na Lido, por exemplo, o usuário deposita seus ETH e recebe o ativo tokenizado correspondente em stETH.

Outras pools podem não envolver contratos inteligentes, sendo geridas e mediadas de maneira “off-chain”.

I. Pros: Democratiza o acesso ao staking ao eliminar a barreira de 32 ETH; Possibilita serviços de liquid staking, tokenizando o ETH e fornecendo um token de liquidez ao investidor; independe de preocupação com configuração de hardware e manutenção de node

II. Contras: Não é um processo nativamente suportado pela Ethereum; Normalmente utiliza contratos inteligentes desenvolvidos a partir de soluções de terceiros, tendo seus próprios riscos de configuração; O preço dos ativos tokenizados correspondentes não costuma ser igual ao do ETH original, variando conforme o mercado; Há quem argumento que o processo acaba centralizado grandes quantias de ETH em poucas plataformas, aumentando os ricos de censura.

 

Corretoras Centralizadas:

Este tipo de staking oferecido por corretoras centralizadas exige confiança na plataforma e contribui para uma maior centralização da rede tendo em vista que o usuário abre mão da custódia e do controle dos seus ETH!

Por outro lado, é o mais simples e intuitivo de se fazer, o que pode ajudar na adoção de novos investidores iniciando neste meio.

 

ETH travados até o Shangai Upgrade – ATENÇÃO:

Os ETH em stake ficarão presos até a realização do Shangai Upgrade que, recentemente, foi definido pelos desenvolvedores “core” da Ethereum como previsto para ser realizado em março de 2023!

Esta não é uma recomendação de investimento e acreditamos que cada investidor deve avaliar se o risco associado à cada modalidade compensa os juros recebidos em retorno.

O artigo foi escrito para fins informacionais!

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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