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Por que investir em bitcoin? Como o atual momento reforça a tese do ativo!

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Segundo a plataforma “Bitcoin Obituaries”, o Bitcoin já foi dado como morto por 473 vezes ao longo de sua história. Por mais irônico que seja, normalmente aqueles que desconhecem os fundamentos do Bitcoin costumam descreditá-lo, muitas vezes tratando-o como chacota e levantando argumentos frágeis e superficiais no sentido de não haver qualquer tipo de lastro que sustente investir em bitcoin. Na verdade, é justamente o contrário, e vamos provar!

 

Antes de mais nada, inverto a pergunta: qual o lastro do dinheiro fiduciário?

Antes de responder ao questionamento, vamos fazer uma breve recordação histórica. Até 1970, sob a administração do Presidente Charles de Gaulle, a França foi reduzindo suas reservas em dólar, trocando-as por ouro do governo americano e reduzindo a influência econômica dos EUA no exterior. Anos depois, os Bancos Centrais europeus buscaram resgatar, em ouro, seus estoques inflados de dólares.

Em paralelo, Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos, impunha um congelamento de preços e salários na terra de Tio Sam com objetivo de tentar controlar a inflação no país. Ato contínuo, em 1971, impôs unilateralmente o fim do padrão ouro-dólar, abandonando inteiramente o sistema de Bretton Woods em razão das necessidades de financiamentos oriundas da Guerra do Vietnã.

E qual a importância desse “historiquês” todo para o nosso raciocínio?

Pois bem, caro amigo, desde então, o único lastro da moeda fiduciária passou a ser a “confiança” no Estado, que emite papel ao seu bel prazer e quando lhe é conveniente, sob os mais diversos pretextos possíveis. Em outras palavras, não há mais lastro real há bastante tempo, a não ser a “palavra” dos Bancos Centrais.

Enquanto muitos, sem estudar, atribuem ao Bitcoin a pecha de “pirâmide”, não vêem que é justamente o sistema financeiro tradicional que depende inteiramente de um consenso social, de um grande acordo de cavalheiros que “aceita” seguir as regras do teatro e dançar a música conforme a dança, seja por comodismo ou ignorância, terceirizando a propriedade e o controle do dinheiro.

Em suma, temos um sistema totalmente baseado em confiança. E a partir do momento em que ela é questionada, esse sistema tende a ruir.

Sei que as afirmações são fortes e, em parte, o intuito desse texto é causar reflexão a partir do impacto, mas também demonstrar que você precisa investir em bitcoin (BTC) e ainda não sabe disso.

Pense comigo. Costumo brincar que tem três coisas que as pessoas não sabem sobre o próprio dinheiro fiduciário “armazenado” nos bancos:

  1. Ele não está lá

  2. Ele não é seu

  3. Não é dinheiro

Os três pontos podem partir da mesma premissa: os bancos só são obrigados a manter, em suas reservas, um percentual daquele dinheiro total que dizem ter em depósitos, sistema que é chamado de “reserva fracionária”.

No caso do Brasil, o Banco Central estabelece um mínimo de 10,5%. A maior parte dos países do mundo adota esse sistema que, portanto, permite que os bancos façam empréstimos ou investimentos em valores muito superiores ao valor dos depósitos que de fato têm sob sua guarda.

Dito isso, caso haja uma crise de confiança no sistema ou alguma adversidade econômica preponderante que faça com que todos corram para sacar o dinheiro que, em tese, é “seu”, surpresa: o banco não conseguirá honrar todos esses saques!

Além disso, como o dinheiro fiduciário é obra dos bancos centrais, quando eles entendem que a economia necessita de um empurrãozinho, imprimem novas moedas e emprestam a juros baixos aos bancos. Os bancos pegam e emprestam novamente esse dinheiro, principalmente na forma de financiamentos para pessoas físicas e de concessão de capital de giro para pessoas jurídicas.

É assim que a engrenagem gira. Na prática, fica evidente que o dinheiro não é tão seu assim, é praticamente um empréstimo ao banco, que não o mantém em tesouraria e ainda o empresta. Fica evidente, também, que a moeda fiduciária tende naturalmente a inflacionar e se desvalorizar.

Para ilustrar melhor, voltemos à época da pandemia, no início de 2020, e lembremos que havia US$ 15 trilhões em circulação nos EUA. Em meados do ano passado (2022), já havíamos visto um aumento de mais de 40%, totalizando US$ 21 trilhões.

No Brasil, a dinâmica foi a mesma: R$ 3 trilhões no pré-pandemia contra R$ 4,2 trilhões em meados de 2022, aumento de 40%. As impressoras trabalharam a todo vapor, e quanto maior a quantidade de dinheiro em circulação, mais ele tende a perder valor.

Aliás, quando observamos a história do dinheiro, notamos que não só a inflação serviu de causa para a falência de diversas moedas fiduciárias desde que o mundo é mundo, mas também a perda de confiança no mercado e a falta de respaldo em bens tangíveis. Não faltam exemplos:

  1. O marco alemão se tornou praticamente inútil após a hiperinflação da República de Weimar nos anos 1920
  2. O bolívar venezuelano sofreu forte queda devido à instabilidade política no país e a consequente hiperinflação
  3. Outros exemplos incluem o rublo russo, o peso argentino, o dólar zimbabuense, etc. O fato é que todos eles destacam como as moedas fiduciárias podem ser vulneráveis a fatores econômicos e políticos, e como é importante, no mínimo, que os governos e bancos centrais mantenham políticas monetárias e fiscais responsáveis para garantir a estabilidade da moeda.

Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, escreveu em fevereiro de 2009, um mês depois de colocar a rede Bitcoin “no ar”:

“É preciso acreditar que o banco central não vai desvalorizar a moeda, mas a história das moedas fiduciárias é cheia de violações a essa crença.”

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Por que investir em bitcoin?

Como ele se distancia e soluciona parte desses problemas?

O Bitcoin, em contrapartida, possui um cronograma de fornecimento limitado a 21 milhões de unidades emitidas até aproximadamente o ano 2140, conferindo caráter de escassez e um potencial deflacionário ao ativo, diferentemente do que vemos com as moedas fiduciárias.

Além disso, o Bitcoin conta com uma estrutura descentralizada, sem autoridade central, e cuja tecnologia subjacente é extremamente eficaz e segura, preservando a lisura dos registros contábeis e sendo um ativo símbolo da anti-censura e inconfiscabilidade.

 

Mas e o lastro do bitcoin? Qual é?

O fato é que, ao contrário do que muitos acreditam, diferentemente do real ou do dólar, o bitcoin tem um “lastro” extremamente sólido e palpável: a energia elétrica.

Para que novos bitcoins (BTC) sejam emitidos, é necessário que os mineradores invistam um altíssimo capital financeiro em hardwares de última geração capazes de, a partir do consumo de energia elétrica, decifrar o “código” correto para tal, em termos mais simples.

Há, inclusive, uma teoria bastante interessante que defende o uso da rede Bitcoin como reguladora de grades elétricas, “armazenando” energia elétrica em forma de bitcoin (BTC), a partir de produções excessivas de energia que seriam jogadas fora, e autofinanciando o consumo de uma cidade (por exemplo) em um momento futuro de eventual falta de energia.

Em suma, é por essa conjunção de fatores que o bitcoin é tido, por muitos, como o “ouro digital”, termo que ainda assim não descreve bem seu potencial como reserva de valor, uma vez que, na verdade, não sabemos quanto ouro ainda pode ser encontrado e extraído.

Vale lembrar que, em 2022, a Uganda afirmou ter descoberto 31 milhões de toneladas do metal, enquanto o cronograma de fornecimento do Bitcoin é pré-definido. O atual momento macroeconômico só tem reforçado essa tese, o que nos leva ao próximo tópico.

 

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Como a crise bancária dos EUA reforça a necessidade de investir em bitcoin?

Desde que se iniciaram as quebras bancárias nos Estados Unidos, cujos reflexos se espalharam para outras partes do mundo, passou a ganhar força a leitura de um eventual abandono de aumentos mais agressivos de juros em resposta aos sinais de uma eventual recessão, fomentando a narrativa de que o FED poderia pivotar a qualquer momento.

Pressionado, o banco central norte-americano se viu praticamente obrigado a lançar programas de financiamento de emergência para conter o pânico no setor.

Com isso, em meados de março, o FED injetou aproximadamente US$ 300 bilhões em seu balanço de ativos, configurando a maior injeção semanal desde a crise de 2008. Uma semana depois, adicionou novos US$ 94,48 bi, com objetivo de expandir momentaneamente a liquidez em forma de empréstimos colateralizados aos bancos. No entanto, a decisão do órgão acabou revertendo praticamente 2/3 do aperto quantitativo que vinha sendo construído há 1 ano. investir em bitcoin

 

gráfico mostrando a injeção realizada por FED e como tal fato reforça a necessidade de investir em bitcoin

 

Agora, de acordo com a plataforma Fed Watch Tool, a expectativa majoritária é de que vejamos um novo aumento de 25 pontos-base para a próxima reunião do FOMC agendada para 03 de maio, contribuindo para a retomada de alta dos ativos de risco. investir em bitcoin

E, assim, dado o contexto macroeconômico e bancário, os ativos com forte apelo monetário e características de reserva de valor, como bitcoin e ouro, passaram a se beneficiar ainda mais das injeções de liquidez.

Não à toa, a correlação de 30 dias entre ambos (BTC e ouro) se encontra no maior patamar desde setembro de 2020:

 

gráfico mostrando a correlação de 30 dias entre bitcoin e ouro

 

Em suma, a “falência” do sistema tradicional tem empurrado as buscas por ativos resistentes que cumpram a função de proteção patrimonial como o Bitcoin.

Além, é claro, de seu “ethos” ser justamente a antítese desse sistema. Não à toa, também, o BTC fechou o mês de março como um dos ativos com melhor performance do planeta, tendo o melhor desempenho trimestral desde o início de 2021:

 

gráfico mostrando performance do Bitcoin e sua associação com investir em bitcoin

 

Os fundamentos de usabilidade da rede também voltaram a subir, indicando que não estamos diante de uma valorização meramente especulativa, e sim de uma retomada de uso. Alguns fatores que evidenciam essa percepção, são:

  1. A partir de 3 de abril, vimos uma alta na quantidade de contratos futuros abertos. Ainda assim, nem sequer atingimos o patamar pré-FTX. Já o Estimated Leverage Ratio indica uma redução da alavancagem, um “risk off” em contratos derivativos, enquanto o preço do BTC segue subindo. Por fim, o Funding Rate se mantém neutro. Essa conjuntura de dados on-chain ascendentes e dados de mercados futuros relativamente estáveis reforça a tese de que a valorização vem sendo guiada pelo mercado spot.
  2. Bitcoin Miner Price volta, após meses, a patamares acima do Bitcoin Production Cost, dando fôlego ao setor de mineração
  3. Hashrate em nova máxima histórica, evidenciando a retomada das operações dos mineradores/entrada de novos players
  4. Na última semana de março, o total de transações na Mempool alcançou seu maior patamar dos últimos três anos
  5. A quantidade total e o volume total de transações segue em ascensão plena desde o início do ano
  6. O número de endereços ativos, de novos endereços e de endereços com saldo diferente de zero também voltaram a subir significativamente
  7. Acumulação intensa desde meados de novembro: endereços com menos de 1 BTC estão em seu maior ritmo de acumulação desde abril de 2021. Já os endereços entre 1 e 10 BTC seguem em forte acumulação desde dezembro, patamares iguais aos de janeiro de 2018. Por fim, os endereços entre 10 e 100 BTC evidenciaram uma massiva acumulação no fundo formado em novembro do ano passado, e seguem acumulando agora ainda que em ritmo inferior ao daquele mês.

 

Investir em bitcoin? Performance do BTC X outros ativos:

Apesar de ser praticamente uma covardia comparar a performance do Bitcoin com a de qualquer outro ativo, tamanha sua superioridade, observamos que ele apresenta um melhor retorno ajustado ao risco contra:

 

gráfico comparando a performance do Bitcoin com a de outros ativos e sua associação com investir em bitcoin

  1. Ouro
  2. Ethereum
  3. US Stocks
  4. US Real Estate
  5. Bonds
  6. Moedas emergentes

 

Considerando que a quantidade de dólares e reais no mundo cresce à 7% e 14% em média ao ano, respectivamente, se o seu patrimônio, medido nessas moedas, não performa o mesmo há décadas, então você empobreceu e tem uma parte menor da riqueza mundial hoje.

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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