O mercado de capitais nacional vem sofrendo grandes transformações nos últimos anos. O investidor brasileiro vem passando por um processo conhecido como financial deepening. Buscando mais informação e educação financeira. Entretanto, apesar da revolução cultural e tecnológica no mercado nacional, a grande maioria dos investidores ainda concentra grande parte de seus investimentos na economia local. Poucos brasileiros conhecem e aproveitam o benefício da diversificação geográfica, através de investimentos no exterior. Principalmente o mercado acionário norte-americano, representado pelo índice S&P 500.
Sinônimo de robustez e poder, o S&P 500 é o índice mais famoso do mundo. Ao conhecemos melhor ele, vemos que o Brasil é apenas a ponta do iceberg do mercado acionário. Investidores que não conhecem esse índice acabam limitando a sua visão, o entendimento sobre ações e a rentabilidade de suas carteiras.
No presente artigo iremos abordar os seguintes tópicos a respeito de tal tema:
- AFINAL, O QUE É O S&P 500?
- QUANDO SURGIU O S&P 500?
- COMO FUNCIONA TAL ÍNDICE?
- QUAIS REQUISITOS PARA PARTICIPAR?
- QUAL O TAMANHO DO S&P 500?
- COMO INVESTIR NO S&P 500?
AFINAL, O QUE É O S&P 500?
A sigla significa Standard and Poor’s e o 500 se refere as 500 maiores empresas do mundo listada e domiciliadas nas principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos: a NYSE e a NASDAQ. Da mesma forma que a maioria dos fundos utilizam o Ibovespa como benchmark, nos EUA é utilizado o índice S&P 500 como medida de desempenho médio do mercado de ações americano.
QUANDO SURGIU O S&P 500?
O índice possui longa data, sua primeira versão foi lançada em 1920, quando se chamava apenas Standard & Poor’s Composite Index. O número de 500 empresas só foi atingido em 1957 e em seu nascimento o índice era composto por apenas 90 ações.
COMO FUNCIONA TAL ÍNDICE?
O comitê chamado U.S Index Committee é composto por executivos, analistas e investidores da empresa S&P Dow Jones Indices, que é uma subsidiária da Standard & Poor’s Global. O comitê se reúne mensalmente para avaliar o desempenho do índice e, também, consideram empresas candidatas a serem retiradas e incluídas na composição do índice.
Com isso, a cada três meses o índice é atualizado, com a definição de quais empresas serão retiradas e quais irão entrar na tão desejada lista do S&P 500.
Similar o Ibovespa, o S&P 500 é uma carteira teórica que oscila conforme a capitalização das empresas, esse número é facilmente calculado através da quantidade de ações emitidas vezes o seu respectivo preço. Assim encontramos o “market cap” da empresa, também conhecido como “valor de mercado”.
QUAIS REQUISITOS PARA PARTICIPAR?
Apesar do índice levar o número 500, hoje o índice é composto por 505 empresas dos mais variados setores.
Abaixo listamos quais os requisitos para uma companhia ser considerada e qualificada para integrar o S&P 500:
- A empresa deve estar nos Estados Unidos;
- Ter um valor de mercado de pelo menos US$ 8,2 bilhões;
- Pelo menos 50% das ações da corporação devem estar disponíveis ao público;
- O preço das ações deve ser de pelo menos US$ 1 por ação;
- Pelo menos 50% de seus ativos fixos e receitas devem estar nos Estados Unidos;
- A soma dos quatro trimestres anteriores dos ganhos deve ser positiva, assim como o trimestre mais recente.
QUAL O TAMANHO DO S&P 500?
Esse é o dado mais interessante e mostra como o mercado de capitais brasileiro é minúsculo se comparado ao americano. A imagem que melhor ilustra a diferença de tamanho de mercado é a do iceberg. O Ibovespa hoje tem uma capitalização aproximada de US$0,7 trilhão, enquanto o S&P é de aproximadamente US$26 trilhões.
Se considerarmos somente a capitalização da Apple, cujo valor é de US$2,4 trilhões, ela sozinha é 3x maior que todo o índice brasileiro.
COMO INVESTIR NO S&P 500?
Em um passado recente só era possível investir no exterior abrindo uma conta fora do país. O que, além de caro, era bastante burocrático. Entretanto, hoje em dia as coisas mudaram. Já é possível acessar o mercado americano rapidamente, seja através de ETFs na B3, seja diretamente através de abertura de conta em corretoras no exterior (hoje feito inteiramente de forma virtual).
Através do home broker da sua corretora você consegue comprar o ETF IVVB11, administrado pelo Citibank, o ETF SPXI11 do Itaú e o mais recente lançado pelo BTG Pactual disponível sob o ticker SPXB11. Por se tratar de fundos de investimento eles apresentam alguns custos inerentes ao investimento, o principal deles é a taxa de administração do fundo. Abaixo seguem as taxas de administração de cada um:
- IVVB11: 0,23% ao ano
- SPXI11: 0,21% ao ano
- SPXB11: 0,20% ao ano
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