A liquidez é um conceito que está presente na carteira de todos os investidores do mercado. Por isso, é de extrema importância entender qual é a sua definição e como usá-la ao seu favor, visto que esse assunto será muito valioso para a escolha de quais os melhores ativos financeiros para compor um portfólio.
No presente artigo, serão apresentadas as principais questões que estão associados a esse tema, de forma que o seu aprendizado seja completo. Dessa forma, iremos abordar os seguintes tópicos:
- O que é liquidez?
- Tipos de liquidez
- O que é risco de liquidez?
- A relação entre a liquidez e sua carteira de investimentos
O QUE É LIQUIDEZ?
Essencialmente, a liquidez representa o período que você precisará esperar para converter os seus ativos financeiros em dinheiro. Entretanto, para que um produto de investimento apresente uma boa liquidez, deve-se considerar também qual será a rentabilidade obtida quando o ativo for resgatado.
Ou seja, mesmo que um investimento possibilite que o resgate seja feito a qualquer momento, se a sua rentabilidade apresentar uma melhor performance apenas para períodos de longo prazo, não será vantajoso resgatá-lo antes do período adequado. É por esse motivo que, antes de avaliar a liquidez dos ativos, o investidor deve estabelecer quais serão seus objetivos financeiros e por quanto tempo ele poderá manter seus investimentos intactos.
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Assim, é possível concluir que: uma boa liquidez será aquela em que haverá facilidade para transformar um ativo em dinheiro, de modo que a rentabilidade seja a melhor possível.
TIPOS DE LIQUIDEZ
- Alta Liquidez
Quanto maior a liquidez de um ativo, mais rápido será para vendê-lo. Porém, como vimos anteriormente, não necessariamente um ativo com alta liquidez significará uma boa liquidez. O fundamental é saber combinar o prazo de solvência do ativo, com o resultado financeiro que pode ser obtido e com o propósito do investidor com aquele investimento.
Entretanto, fique atento: uma vez que ativos de alta liquidez são mais acessíveis, também tendem a apresentar rentabilidades menores.
Por exemplo, a opção de investimento com a maior liquidez do mercado, é a caderneta de poupança, que apresenta liquidez diária. Ou seja, você pode acessar os seus recursos todos os dias da semana, a qualquer momento. Entretanto, como contraponto, ela apresenta a menor rentabilidade disponível em todo o mercado.
- Baixa liquidez
A baixa liquidez, por sua vez, representa aqueles ativos que demandam um prazo maior para serem resgatados e liquidados. Ou seja, será mais difícil converter esses produtos de investimento em dinheiro.
Em contrapartida, investidores que escolhem ativos com baixa liquidez para compor suas carteiras, devem exigir rentabilidades maiores, o que não necessariamente será conquistado.
Por exemplo, os imóveis físicos são conhecidos como ativos de baixíssima liquidez, visto que são mais difíceis de serem negociados do que outros ativos disponíveis no mercado.
O QUE É RISCO DE LIQUIDEZ?
O risco de liquidez simboliza o prejuízo que pode ser causado por conta da dificuldade de negociação de um ativo por um preço justo. Esse risco é ainda maior quando há urgência por parte de um dos negociantes, no momento do contrato.
Por exemplo, digamos que você tenha investido todo o seu patrimônio em um único imóvel e então, ocorre uma situação inesperada que demanda uma grande quantidade de dinheiro. Nesse caso, como os seus recursos estão presos a um único ativo de baixa liquidez e você se encontra em uma emergência, você precisará correr para vender o seu imóvel e precisará ser pelo preço que está sendo proposto no mercado.
Então, para que você construa uma carteira que será rentável ao longo do tempo, mas que possa ser acessada em momentos críticos, será preciso alinhar o seu objetivo estratégico com cada ativo do portfólio, considerando seus respectivos riscos de liquidez.
A RELAÇÃO ENTRE A LIQUIDEZ E SUA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS
Uma vez que o conceito de liquidez e seu risco tenha sido entendido, será mais fácil entender qual é a função de cada ativo que compõem a sua carteira de investimentos. É por esse motivo que todos os produtos de investimentos, ao compor uma carteira, devem ser subjetivamente decididos, considerando os propósitos do investidor.
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Por exemplo, digamos que você tenha o propósito de investimento para se aposentar. Nesse caso, será mais adequado investir em ativos de longo prazo, como ações, por exemplo. Assim como, por outro lado, se o seu objetivo com os investimentos é elaborar uma reserva de emergência para situações inesperadas, será mais razoável escolher ativos de curto prazo e que apresentem uma alta liquidez, como o Tesouro Selic, por exemplo.
Para garantir que o conceito abordado tenha sido compreendido, você precisará concluir que: ao escolher ativos financeiros, a rentabilidade não é a única prioridade, mas que devem ser considerados uma série de outros fatores, como a liquidez.