Qual o IPCA hoje e como ele afeta os seus investimentos?

IPCA hoje

Conforme a base de dados do IBGE, o IPCA do mês de outubro de 2023, foi de 0,24%, levemente abaixo do mês de setembro (0,26%). Vale ressaltar, que essa variação foi abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma alta de por volta de 0,29% neste mês.

Variação do IPCA – Janeiro 2021 a Outubro 2023

gráfico mostrando a variação do IPCA entre janeiro de 2021 e outubro de 2023

Fonte: IBGE, elaboração: Hub do Investidor

 

Diferente dos meses anteriores, o IPCA do mês de outubro teve uma composição mais homogênea, com uma série de segmentos contribuindo para os 0,24%. O destaque fica para artigos de residência, vestuário e transportes, respectivamente, todos esses atingiram uma variação acima de 0,35%.

Composição IPCA – Outubro

composição do ipca no mês de outubro

Fonte: IBGE, elaboração: Hub do Investidor

 

No acumulado dos últimos 12 meses a inflação passa a ser de 4,82%, já próximo da expectativa do Banco Central para o fechamento de 2023, que é de 4,59%. Para o ano de 2024, a perspectiva do Banco Central é de que a inflação seja de 3,92%. Já do lado dos juros, as expectativas se mantiveram, com uma Taxa Selic terminando o ano atual em 11,75%, enquanto para o próximo ano subiu em 0,25%, saindo de 9% para 9,25%.

 

Mas afinal, o que é e para quê serve o IPCA?

O IPCA é um índice calculado mensalmente pelo IBGE em 13 áreas urbanas do Brasil, considerando mais de 400 mil preços em diversos locais, a fim de compará-los com os preços do mês anterior e chegar a uma média da inflação do período.

Dessa forma, essa inflação servirá para analisarmos a redução ou aumento de poder de compra das famílias brasileiras, e também servirá de base para a atualização de alguns contratos.

Por exemplo, em títulos do tesouro indexados ao IPCA (NTN-B’s), quanto maior o IPCA do período, maior será o pagamento de juros desse título. Bem como, empresas com dívida lastreada nesse indexador, sofrerão com o aumento do mesmo, ou se beneficiarão de uma possível redução, já que terão que repassar os juros atualizados.

No mais, a inflação para as empresas na bolsa pode pressionar de diversas formas, pensando, por exemplo, no varejo, uma redução de poder de compra influenciará diretamente nas suas vendas, e os seus custos e despesas devem aumentar, já que os seus fornecedores devem repassar a inflação para o preço.

Já no caso de empresas de transmissão de energias, como Taesa e Transmissão Paulista, parte dos contratos estão atrelados à inflação, ao IGP-M, IPCA ou outros, portanto, essas empresas tendem a sofrer menos em um ambiente de alta inflação.

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Kênio Fontes

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