Os desenvolvimentos mais recentes a cerca do estudo, do ponto de vista teórico, de finanças e mercado financeiro, preconizam a Hipótese dos Mercados Eficientes, uma teoria muito sólida e robusta e tida, atualmente, como o padrão-ouro para o entendimento dos mercados de capitais.
Como corolário dessa teoria, surge a indústria de ETFs, cujo objetivo é prover para os investidores uma forma de exposição passiva ao mercado financeiro, onde esses ativos financeiros simplesmente perseguem a performance de um índice de referência, um benchmark.
Um índice de referência é uma cesta teórica de ativos que tenta simplesmente dar uma forma dos investidores se exporem aos mercados e setores de forma simples, com apenas um ativo.
O mais famoso dos índices é o S&P500, que é composto pelas 500 maiores empresas dos Estados Unidos, e o índice as pondera pelos seus respectivos valores de mercado.
Dessa forma, supondo que existissem apenas 5 ativos no índice, os ativos A, B, C, D e E e eles fossem ponderados pelos seus valores de mercado, sendo que o ativo A vale 50, o B 40, o C 30, o D 20 e o E vale 10, o índice seria composto por 33,3% do A, 26,7% do B, 20% do C, 13,3% do D e 6,7% do E.
Para chegar a esses valores, basta fazer a divisão pelo valor de cada um, pelo total do valor do índice. No caso do ativo A, por exemplo, seria 50/150, e assim por diante.
Atualmente o S&P500 está no chamado bull market, quando salta mais de 20% desde o seu pico, atingindo seu ponto máximo desde maio de 2022 e apenas 8% abaixo do pico histórico de Janeiro de 2022.
Segundo estudo de sentimento os investidores individuais dos Estados Unidos não estão tão entusiasmados com o mercado de ações (bullish) desde novembro de 2021, com o número de otimismo estando maior do que o de pessimismo em 22%, indicando uma tendência muito favorável para os ativos de risco.
O que ocorreu com o S&P500 nos últimos meses, no entanto, foi que as grandes empresas que compõe o índice apresentaram uma valorização expressiva, fazendo com que o índice ficasse ainda mais relevante nesses ativos.
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Quando olhamos para a performance do S&P500 até o final de maio deste ano, vemos que ele apresentou valorização de cerca de mais de 10%, mas se olharmos para apenas 7 das maiores empresas do índice (imagem acima), elas acumulam valorização de 53% no período.
Excluindo essas 7 empresas do, o S&P500 está andando de lado no período, sem apresentar nenhuma valorização. Isso nos dá um indicativo muito forte de que não se trata da “bolsa dos Estados Unidos” que está muito cara, e sim algumas empresas especificas que obtiveram participação relevante no índice que apresentaram valorizações expressivas.
Essas empresas são justamente as empresas do setor de tecnologia e similares. O gráfico acima mostra que a relação entre o S&P500 e as empresas de tecnologia está no maior patamar desde a crise da bolha.com na primeira metade dos anos 2000, período que foi sucedido por uma queda acentuada tanto do índice cheio como para essas empresas.
A razão para isso é extremamente simples:
Os investidores tendem a perpetuar para o futuro o passado recente, imaginando que o que ocorreu continuará ocorrendo, isso faz o preço das ações apresentarem altas relevantes! Porém, como bem sabemos, o mundo é cíclico e sempre passa por correções.
Quando olhamos para o S&P500 cheio e o S&P500 com pesos iguais, é possível observar, pelo gráfico acima, que o “equal-weighted”, normalmente, supera o índice, isso porque ele tem um sobrepeso em ações de empresas de menor capitalização, que, segundo a Hipótese dos Mercados Eficientes, deveria apresentar valorização mais robusta.
E, de fato, é o que observamos na série histórica. Porém, atualmente, por conta desse fenômeno, o índice cheio está muito mais valorizado do que o normal, o que abre espaço para novas oportunidades de investimentos.
Como costumamos dizer, em todos os cenários é possível selecionar quais são os ativos que se sagrarão vitoriosos. Não é preciso ter um “céu de brigadeiro” para ganhar dinheiro no mercado financeiro.
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