Briga pela Supremacia Tecnológica: China vs. EUA

Recentemente, os Estados Unidos restringiram a venda de chips para a China, a fim de que essas tecnologias não caiam na mão da parte de segurança militar e serviços de segurança da China. Segundo Biden, os EUA precisam ser líderes na produção desses semicondutores, e essa lei facilitará isso.

No entanto, a China, agora, está acusando os EUA de estarem utilizando ciência e tecnologia como arma política, o que violaria normas internacionais de comércio e competição.

 

O que são os semicondutores?

Em 2021, o tamanho do mercado da indústria de semicondutores era de US$595 bilhões e são extremamente estratégicos no desenvolvimento tecnológico, uma vez que são usados em diversas cadeias logísticas, como computadores, celulares e automóveis.

Os principais produtores desses chips são a China, a Índia e os EUA, mais especificamente, Taiwan representa boa parte da produção mundial, sendo sua maior empresa a TSMC – Taiwan Semiconductor Manufacturing Company.

 

Como isso influencia na tensão entre China e EUA?

Em um discurso recente, Xi Jinping, se mostrou descontente com a decisão americana de restringir pessoas americanas a apoiarem a fabricação de chips em companhias chinesas, dificultando pessoas com dupla cidadania, os chamados “chineses-americanos” a trabalharem nas empresas chinesas.

Como já mencionado, a maior produtora de semicondutores é taiwanesa, e sabemos que Taiwan, apesar de se declarar independente, é considerada pela China como pertencente à China. Ou seja, essa decisão de Biden, flerta com uma Taiwan mais ocidental.

Para melhorar a fabricação doméstica desses semicondutores, uma das estratégias chinesa é justamente a contratação de alguns profissionais da TSMC, pois assim, consegue capturar o conhecimento tácito que seus colaboradores possuem e desenvolver a indústria local de forma mais rápida.

Porém, no mesmo discurso, a postura de Xi Jinping foi clara, disse que não descarta usar força em Taiwan.

Dessa forma, podemos ver uma estratégia americana focada em se tornar líder no segmento de tecnologia de ponta, enquanto tenta atrasar a China no mesmo segmento.

 

Como isso dita os investimentos?

Na tabela abaixo, podemos observar a mudança de perfil das maiores empresas chinesas, em 2013, a sua maior companhia em valor de mercado era a PetroChina, uma petrolífera. Já em outubro deste ano, se destaca a presença de companhias de tecnologia, como Tencent e Alibaba.

Maiores Empresas Chinesas

Maiores empresas chinesas e associação com a China e EUA

Fonte: Bloomberg

 

A parcela global, é um componente importante em uma carteira de investimentos diversificada. Com essa batalha, é possível que o cenário macroeconômico se desenrole e afete não só companhias de tecnologia chinesa, mas também as americanas.

Sabemos o quão desafiador é investir no exterior, principalmente no que tange a China, que além do cenário global, também é influenciada por motivos de Interferência política, tensões geopolíticas, política de Covid Zero e afins.

O ETF MSCI China, que investe nas maiores empresas chinesas, por exemplo, chegou a bater US$87,11, e atualmente está em US$41,11, parte dessa queda, puxada pelas empresas de tecnologia.

Desempenho do ETF MSCI China

Desempenho do ETF MSCI

Fonte: Investing.com

 

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Kênio Fontes

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