Nos últimos anos, junto a todo apelo pela preservação dos recursos naturais e pelo cuidado com o meio ambiente, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) ganhou os holofotes, sendo um dos assuntos mais comentados no mercado. Vindo da língua inglesa, a sigla representa critérios ambientais, sociais e de governança.
Nessa tendência – que se desenvolveu ao longo algumas décadas – temos o reconhecimento do mercado como prova de que o valor de uma empresa ou de um segmento não está atrelado somente a resultados financeiros e históricos, além de linhas transparentes, mas também a conquistas e propósitos, que deixam contribuições para as futuras gerações.
Dentro dessa métrica, o hidrogênio limpo surgiu como um pilar para o caminho até a descarbonização global, auxiliando na diminuição de cerca de 15% das emissões globais de GEE (emissões de gases estufa) em todos os setores.
Fonte: Goldman Sachs
Além de um mercado gigante a ser desbravado – o Total Available Market (TAM) ou Mercado Total para geração de hidrogênio pode chegar a mais de US$1tri até 2050 – o hidrogênio limpo possui vários atributos valiosos que o tornam atraentes na era da descarbonização e das mudanças climáticas.
Podemos citar, por exemplo, que a versatilidade em seus caminhos de produção e sua ampla abrangência no globo, oferecem flexibilidade ao longo das cadeias de abastecimento, ou que sua energia específica por unidade de massa muito alta e capacidade de ser usada como combustível energético, vetor de energia e matéria-prima, podem destravar o potencial de redução de emissões nas partes mais difíceis de descarbonizar da economia global – como a propulsão de veículos pesados e fornos de aquecimento para o fabricação de aço.
Podemos diferenciar os tipos de hidrogênio, ou de seu processo de produção e a tecnologia utilizada, de acordo com uma métrica muito simples e dada por duas cores principais, devido a seu potencial mercadológico e de resultados (captura de carbono e na geração de energia renovável), hidrogênio azul e verde.
O hidrogênio ‘azul’ refere-se ao processo convencional de produção de hidrogênio, onde as emissões de gases estufa são reduzidas por meio de tecnologias de captura de carbono.
Atualmente, mais de 60% do hidrogênio é produzido a partir do gás natural, restando 19% do carvão, e os outros 21% como subproduto.
Por mais que seja importante e desenvolvidas em escala, essas tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) foram amplamente subvalorizadas na última década. Fato que, ajudado pelo hidrogênio limpo, pode mudar.
O hidrogênio limpo apresenta uma oportunidade para a escala e maior inovação dessas tecnologias, pois são importantes para a produção da transição de baixo custo e baixo teor de carbono para o hidrogênio limpo – tendo o potencial de quadruplicar sua indústria até o final desta década.
Já o hidrogênio ‘verde’ refere-se à produção de hidrogênio, onde a eletricidade é proveniente de energias renováveis ou de baixo carbono.
Embora atualmente não seja produzido em grande escala comercial, o hidrogênio verde é uma solução chave de descarbonização, atrelando-se ao crescimento e da deflação de custos em energia renovável. Estima-se que sejam necessários investimentos de mais de US$ 2tri em infraestrutura, representando uma grande oportunidade.
Fonte: Goldman Sachs
Como atrelar o hidrogênio limpo a sua carteira de investimentos?
Dentro do segmento principal, por exemplo – geração de energia renovável (verde), temos empresas consolidadas como a Energias de Portugal (EDP) – ENBR3, uma empresa de serviços públicos com sede em Portugal focada em energia renovável, além de fabricantes inovadores como a Siemens Energy (ETR:ENR), entre outros players do setor ligados a essa revolução verde.
Quer saber mais sobre como investir em hidrogênio limpo, além de estar a par do que acontece no mundo dos investimentos, seja no Brasil ou no mundo, seja um assinante Hub Pro, clique aqui para mais informações.
