Muito se fala sobre investir em ações e como este tipo de investimento pode render retornos extraordinários. Quem não gostaria de ter comprado ações de empresas como Magazine Luíza ou PetroRio quando seu preço estava baixo, por exemplo, e ter obtido um retorno de quase 10x o patrimônio inicial em poucos anos?
Mas como podemos analisar ações e identificar este tipo de oportunidade?
Para isto criamos este artigo que abrange alguns dos métodos mais utilizados para que o investidor possa aprender como analisar ações e identificar oportunidades de investimento no mercado com mais facilidade.
TIPOS DE ANÁLISE
Em primeiro lugar, não existe apenas uma forma de analisar ações. Existem diversas abordagens para o problema que podem ou não apresentar resultados satisfatórios dependendo da forma como são executados. Além disso, a análise de ações também não é uma ciência propriamente exata, pois, apesar de envolver números, também envolve o comportamento humano e simplificações.
É possível, por exemplo, analisar ações com base puramente no comportamento passado dos preços, o que chamamos de análise técnica. Também é possível analisar ações com base em seus fundamentos, que podem ser dados qualitativos, de performance operacional da empresa ou uma mistura entre estes e seu preço.
Temos um artigo que comenta sobre as diferenças entre estas análises:
Análise técnica vs. fundamentalista: qual a melhor escolha?
A análise fundamentalista também é utilizada por grandes investidores como Benjamin Graham, Warren Buffet e Aswath Damodaran, e pode ser realizada de diversas formas, falaremos um pouco mais sobre os seguintes itens:
ANÁLISE QUALITATIVA
A análise qualitativa envolve os principais indicadores de uma empresa como: consistência de lucros, liquidez, tempo de bolsa, grau de endividamento, governança corporativa, gestão, etc.
Este tipo de análise também é bastante convidativa para investidores iniciantes devido a sua simplicidade.
Há inclusive quem defenda que, no longo prazo, basta comprar empresas boas independentemente de seu preço e com a realização de aportes mensais para que sua carteira obtenha bons resultados.
De qualquer maneira, independentemente de sua crença ou grau de conhecimento, este tipo de análise deve ser realizada por todos os investidores a fim de diminuir seu risco. De nada adianta uma empresa ser lucrativa e pagar grandes dividendos, por exemplo, se sua gestão é corrupta ou não há liquidez suficiente para compra-la ou vende-la no mercado.
ANÁLISE QUANTITATIVA
A análise quantitativa envolve a avaliação de diferentes métricas e indicadores a fim de descobrir se uma ação pode ou não ser um bom investimento, sendo uma forma de análise mais intermediária.
Explicamos um pouco mais sobre estes indicadores e métricas em nosso artigo:
Indicadores fundamentalistas que todo investidor precisa conhecer!
A fim de facilitar a vida do investidor, algumas plataformas também disponibilizam estes indicadores de maneira gratuita para comparação entre empresas, como a Statusinvest e Fundamentus, por exemplo.
VALUATION
Por fim, uma das formas mais avançadas de análise, sendo utilizada por grandes bancos e gestoras de investimentos, é o valuation por meio da utilização de um modelo de fluxo de caixa descontado – ou, DCF em inglês.
Neste modelo, o analista olha para o Balanço Patrimonial e DRE dos últimos exercícios e tenta projetar qual será a performance da empresa para o futuro. Ao final, trazem-se estes valores futuros a valor presente utilizando uma taxa de desconto pré-definida e calcula-se o preço alvo para a ação.
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Apesar de avançada, este tipo de análise envolve bastante tempo e subjetividade, sendo inviável para maioria dos investidores e abrindo a possibilidade para que 2 analistas cheguem a conclusões diferentes a respeito de uma mesma empresa. Não à toa, diferentes casas de análise/bancos apresentam diferentes preços-alvo para uma mesma ação.
Diante das diferentes formas de como analisar ações mencionadas neste artigo, fica claro que é necessário muito estudo e leitura para se aprofundar na área e se tornar um verdadeiro analista de investimentos.
Além disso, a escolha das ações que compõe sua carteira é apenas uma pequena parte da criação de uma carteira completa de investimentos. É preciso ainda analisar os riscos que o investidor está disposto a incorrer e definir quais ativos devem compor o restante da carteira, que, para a grande maioria dos investidores, compõe a maior parte do patrimônio investido.
Desta forma, para o investidor que não tem tempo para estudar o tema a fundo, a melhor sugestão é investir com a ajuda de um especialista, que poderá montar uma carteira completa de investimento seguindo os princípios de asset allocation.
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