Mesmo que você ainda não invista, já deve ter ouvido alguma notícia sobre o desempenho do Ibovespa. É comum que, em seguida, sejam noticiadas informações sobre a economia do país e previsões futuras.
Nesse artigo, iremos apresentar alguns tópicos que são importantes quando se fala em Ibovespa. Ao final da leitura, você será capaz de entender porque a queda do índice em um período pode apresentar preocupação para alguns investidores do mercado.
Os principais tópicos que serão abordados para entendimento do tema serão:
O QUE É O IBOVESPA?
Em 1968, foi criado o Ibovespa, conhecido também como índice Bovespa, antigo nome da B3, é a composição das ações mais negociadas na B3 em uma carteira teórica. Para que uma ação participe dessa lista, há alguns requisitos que devem ser cumpridos, que iremos abordar mais adiante.
Nessa carteira, esse índice representa um indicador que calcula o desempenho médio desses ativos, buscando reproduzir da forma mais eficiente possível a performance da Bolsa de Valores em um determinado período. O valor desse índice é simbolizado por pontos e a cada 1 ponto, equivale a R$1,00. Quando o índice foi criado, ele era composto de 27 empresas que representavam, ao todo, apenas 100 pontos. O cálculo desses pontos para definir o valor do Ibovespa é feito da seguinte forma:
(preço de cada ação x quantidade de ações da empresa)=pontos do Ibovespa
O Ibovespa é atualizado em tempo real, para que se acompanhe a cotação de cada ação listada. Considerando que apenas uma ação pode ter uma alta variação de preço no curto prazo, imagine como essas mudanças se comportam no conjunto de vários ativos em um só índice.
Ao calcular os pontos do índice e ao entender quanto vale cada ponto, vamos à um exemplo prático. No dia 16/06/2022 o IBOV estava cotado em 102.806,82 pontos. Ou seja, considerando que 1 ponto = R$1,00 o índice estava valendo R$102.806,82.
E é por isso que muitos investidores e economistas se preocupam quando há uma queda muito forte no valor do Ibovespa em um período curto, porque pode sinalizar que as maiores empresas do Brasil estão perdendo o seu valor de mercado. Entretanto, aqui no Hub do Investidor entendemos que as variações das ações no curto prazo são naturais e não conseguem definir uma visão completa de como está a economia e as empresas do país.
Apenas para exemplificar, abaixo consta a variação do índice nos últimos cinco anos. Porém, é preciso considerar que a composição da carteira se altera, visto que a B3 revisa os ativos listados a cada quatro meses.
Índice IBOVESPA em um período de 5 anos
Fonte: TradingView
A COMPOSIÇÃO DE AÇÕES DO ÍNDICE
Após entender o conceito, é possível seguir para como são escolhidas as ações e as “units” de ações que compõem a carteira do índice. O princípio é que sejam ativos com alto volume de negociação na Bolsa de Valores do Brasil e, por consequência, de alta liquidez. Os ativos selecionados devem representar, ao todo, aproximadamente 80% do volume de negociações do mercado.
De acordo com a B3, para que o ativo seja incluído, é preciso que sejam atendidos alguns critérios necessários, como por exemplo:
- O ativo deve estar presente em, pelo menos, 95% das negociações que ocorrem no mercado;
- Não pode ser categorizado como “Penny Stock”, ou seja, ações com o valor de cotação menor à R$ 1,00 por ação;
- Um ativo não pode representar mais de 20% do total da composição do índice, dentre outros requisitos;
- O volume financeiro do ativo no mercado à vista deve representar um valor maior ou igual à 0,1%;
- Os ativos do índice Ibovespa devem representar, pelo índice de negociabilidade e em ordem decrescente, um total de 85% de negociações.
Após todos os conceitos apresentados, é natural que surja a curiosidade com relação à quais ações compõem o ativo hoje. De acordo com a lista divulgada pela B3, o Ibovespa atualmente é composto de 92 ativos de 89 empresas. Essa seleção foi divulgada em Maio de 2022 tem previsão de ser alterada apenas em Setembro de 2022.
Além de definir quais empresas irão compor o índice, também há um estudo com relação a qual será o peso de cada ativo dentro do conjunto. Essa definição é realizada pelo números de negociações de cada ação no mercado e por sua liquidez.
COMO OPERAR NO ÍNDICE?
Existem diversos tipos de operação que estão correlacionados com o índice Ibovespa. Entretanto, cada uma dessas tem uma proposta de investimento diferente, assim como os riscos. Por isso, ao selecionar por qual você quer investir, será preciso ter completo conhecimento sobre seu perfil de investidor e seu limite de exposição ao risco.
A opção mais comum é o ETF de código BOVA11, que é um fundo de investimento que monta uma carteira em ações, utilizando o Ibovespa como o índice de referência. Então, ao investir nessa opção, o investidor adquire todas as ações que compõem o índice, e na mesma proporção.
Outras opções de produtos são os derivativos:
- IND (Contrato Futuro de Ibovespa)
- WIN (Minicontrato Futuro de Ibovespa)
Em suma, mesmo que o Ibovespa seja um assunto muito tratado nos principais canais de comunicação do país, não significa que é o único parâmetro que deve ser analisado. Dependendo da estratégia de cada investidor, caracterizar o índice Ibovespa como uma réplica da performance do mercado pode não ser uma decisão inteligente.
Nós do Hub do Investidor acreditamos em uma estratégia mais ampla, de forma que a performance do mercado não seja limitada apenas às variações de curto prazo das empresas mais negociadas na bolsa.
Por isso, buscamos sobreviver a todos os ambientes econômicos, utilizando diferentes classes de ativos que performam de formas distintas durante os diferentes ciclos de mercado.
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