O que é o ETF do Nubank (NDIV11)?
O novo ETF do Nubank, com o ticker NDIV11 tem chamado a atenção dos investidores, um ETF focado em investir em ações que pagam dividendos. Mas será que ele representa uma oportunidade de investimento sólida ou uma cilada?
Ao avaliar a atração deste ETF do Nubank, algumas métricas e detalhes específicos devem ser considerados:
Taxa de Administração: O NDIV11 possui uma taxa de administração anual de 0,50%.
Objetivo: O objetivo deste ETF é replicar o desempenho, antes de taxas e despesas, do Ibov Smart Dividendos. Esse índice é projetado para selecionar as principais empresas que mantiveram um histórico consistente de pagamento de dividendos nos últimos 6 anos e que fazem parte do índice Ibovespa.
Metodologia: O Ibov Smart Dividendos B3, seguido por este ETF, tem critérios específicos para inclusão de empresas, focando em liquidez e dividendos.
Por exemplo, para uma ação ser incluída no ETF, deve fazer parte do Ibovespa e estar dentro dos 25% das empresas elegíveis por liquidez com os maiores Dividend Yield Médio Ponderado (observado no período das 18 carteiras anteriores).
De acordo com esses critérios definidos, a ação recebe uma nota chamada de “Dividend Score”, que leva em consideração fatores como a recorrência e montante dos pagamentos de dividendos, para determinar o peso do ativo no índice.
Composição: As 6 maiores posições do NDIV11 são: VIVT3 (6,31%), BBSE3 (6,09%), TAEE11 (5,83%), EGIE3 (5,49%), BBAS3 (5,4%) e SANB11 (5,4%).
Analisando de forma setorial, nota-se uma maior exposição a setores estáveis, como o de utilidade pública e financeiro, mas também uma certa exposição em setores cíclicos, como o de materiais básicos e petróleo (por volta de 30,3% da carteira, somados).
Composição NDIV11
Fonte: Nubank
NDIV11 e NSDV11, qual a diferença?
Além do ETF NDIV11, já explicado acima, o Nubank lançou o ETF NSDV11 – Nu Ibov Smart Dividendos. A diferença entre esses dois, é que enquanto o NDIV11 realiza a distribuição dos proventos de forma mensal para os cotistas, o NSDV11 reinveste os dividendos no fundo.
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DIVO11: um concorrente para o NDIV11?
Ao lado do NDIV11, outro ETF de dividendos que tem atraído a atenção dos investidores é o DIVO11, que é gerido pela Itaú Asset Management e tem como objetivo refletir a performance, antes das taxas e despesas, do índice Dividendos – IDIV, calculado pela B3.
Vamos analisar algumas das características do DIVO11 para uma comparação mais completa.
Taxa de Administração: O ETF DIVO11 tem taxa de administração anual de 0,50%, que é a mesma taxa do NDIV11.
Objetivo: Assim como o NDIV11, o objetivo do DIVO11 é replicar o desempenho, de um índice de dividendos, mas neste caso, o índice é o IDIV, focando nas ações que compõem a carteira teórica desse índice.
Metodologia IDIV: Para uma ação ser incluída no índice IDIV, ela deve cumprir alguns critérios, dentre eles, destacam-se: estar entre os 99% mais negociados no período de 3 carteiras anteriores e estar dentro dos 33% dos ativos com maiores Dividend Yields nos últimos 36 meses.
Composição: As 6 maiores posições do DIVO11 são: PETR4 (5,62%), PETR3 (5,01%), VALE3 (5,01%), CPLE6 (4,99%) e GGBR4 (4,96%).
Analisando a composição setorial, assim como o NDIV11, nota-se uma exposição maior em setores estáveis, como Energia Elétrica, Seguradoras e Bancos. Apesar disso, a exposição em setores cíclicos também é alta, com empresas de petróleo representando mais de 10%, mineradoras 8,8%, carnes e derivados 4,5% e afins.
Fonte: Itaú
Performance dos ETFS: NDIV11 vs. DIVO11
Como o ETF do Nubank (NDIV11) foi lançado recentemente, não há um histórico de rentabilidade, embora a B3 tenha anunciado que o índice (Ibovespa Smart) teria acumulado cerca de 142% de 2013 até agosto de 2023, contra 87% do Ibovespa.
Já o DIVO11 do Itaú, nos últimos 5 anos, obteve uma rentabilidade de 89%, contra 36,73% do Ibovespa.
DIVO11 vs. Ibovespa
Fonte: Itaú
Como mencionado no insight “como investir nas melhores ações de dividendos da bolsa?”, há uma série de estudos que mostram que o investimento em empresas que pagam e crescem seus proventos consegue ser rentável e superar alguns índices de referências.
Dessa forma, tanto o DIVO11 quanto o NDIV11 parecem ser bons ativos para quem busca se expor à ações brasileiras com um perfil de dividendos. O ideal, é que o investidor estude para encontrar aquele que se adeque mais ao seu perfil (caso queira comprar apenas um destes), analisando a composição da carteira, metodologia e afins.
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