Cenário desafiador para a Lojas Quero-Quero:
A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) possui operações de varejo que atuam no segmento de materiais de construção, eletrodomésticos e móveis, mas também conta com seu braço financeiro que fornece crédito e emite cartões. Portanto, a companhia é muito sensível ao cenário macroeconômico brasileiro, já que além de ser uma varejista, suas operações são atreladas à construção civil.
Fonte: RI Lojas Quero-Quero
Além disso, o seu braço financeiro também é impactado pelo cenário macroeconômico, uma vez que com níveis maiores de juros e uma menor renda disponível, há uma maior inadimplência em sua carteira de crédito.
Esse cenário macroeconômico mais deteriorado, em partes, explica os piores resultados de Lojas Quero-Quero (LJQQ3) no curto prazo, como foi o do 2T23. Neste trimestre, a companhia aumentou sua receita líquida em apenas 1%, mesmo com a abertura de novas lojas. Isso ocorreu, pelo fato de as “vendas mesmas lojas” terem caído em 6%. Apesar disso, a parte de seu braço financeiro avançou acima dos 10%.
Fonte: RI Lojas Quero-Quero
Sua margem bruta também reduziu no trimestre, atingindo o patamar de 29,2% (em relação à receita bruta). Na composição, a margem bruta de varejo caiu para 23% (frente 23,23% no 1T23) e a de serviços financeiros atingiu os 45,4%, levemente acima na comparação com o 1T23.
Fonte: RI Lojas Quero-Quero
Já o seu EBITDA, atingiu o montante de R$48 milhões, em linha com o 2T22 e muito acima do 1T23. Entretanto, esse EBITDA foi impactado por efeitos não recorrentes, como o reconhecimento de créditos tributários. Excluindo esses itens, tem-se um EBITDA de R$5 milhões, em linha com o 1T23 e muito abaixo dos outros trimestres.
Fonte: RI Lojas Quero-Quero
Embora tenha apresentado resultados ruins, existe uma perspectiva positiva para as Lojas Quero-Quero (LJQQ3), que devido ao caráter cíclico, deve-se beneficiar de uma virada no cenário macroeconômico.
