Lista de credores da FTX conta com Apple, Netflix, Amazon, Google, Twitter…

credores da ftx

A FTX, que já foi uma das maiores exchanges do mercado de criptomoedas, entrou em colapso após sofrer com a crise de crédito iniciada desde o colapso da Terra Luna e acentuada com uma “corrida aos bancos” em sua plataforma, muito em função de uma matéria da Coindesk que escancarava deturpações no balanço patrimonial extremamente ilíquido da empresa. Sem alternativas, restou o pedido de recuperação judicial e a prisão de seu fundador, Sam Bankman-Fried (SBF), que responde por uma série de acusações.

Em suma, SBF, como é conhecido, é acusado de roubar bilhões de dólares de clientes da FTX para pagar dívidas contraídas por seu fundo de hedge focado em crypto. Ele se declarou inocente das acusações de fraude e a previsão é que seu julgamento aconteça em outubro.

O fato é que o processo judicial de recuperação vem se desenrolando desde o colapso, e tem como responsável pela supervisão da reestruturação da empresa, o novo CEO, John J. Ray III, especialista em reestruturação corporativa com experiência prévia em diversos casos relevantes de falência.

A última notícia, agora, diz respeito à aprovação, por parte do Juíz do caso, John Dorsey, da divulgação da lista completa dos credores da FTX , que vai desde a Apple até Gisele Bundchen.

 

Assim, na quarta-feira (25), os consultores financeiros da recuperação judicial da instituição revelaram essa lista de credores da FTX em um documento enviado ao tribunal em Delaware.

O extenso relatório, de 116 páginas, conta com nomes de gigantes do mundo “tech” como Apple, Netflix, Amazon, Meta, Linkedin, Google, Microsoft e Twitter, além de veículos de comunicação que englobam desde Wall Street Journal, passando por New York times, Fox Broadcasting, Fortune e até o portal Coindesk. No entanto, não são mencionados detalhes sobre a natureza e os valores devidos a cada um.

Além disso, vemos também reguladores financeiros e agências governamentais dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Hong Kong e Suíça figurando entre os credores da corretora. Entre os órgãos dos EUA, podemos citar a Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), responsável por coletar informações de transações financeiras com intuito de combater lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, além do IRS, receita federal do país.

Contamos também com a Financial Market Supervisory Authority (FINMA), reguladora dos mercados suíços, e a Financial Services Agncy (FSA), reguladora do Japão. Em resposta às indagações, um porta-voz da FINMA alegou que não poderia explicar por que o órgão aparece entre os credores, enquanto FinCEN e IRS se recusaram a comentar. A FSA não respondeu a solicitação.

E, claro, empresas do setor de criptomoedas e ativos digitais de maneira geral não poderiam ficar de fora. Além da Binance, temos Coinbase, Galaxy Digital, Chainalysis, Yuga Labs, Circles, Bittrex, Sky Mavis, Messari, Doodles e Silvergate Bank. O Silvergate Bank, por sinal, é apenas um dos bancos mencionados na relação, que lista também gigantes como CitiGroup e Wells Fargo.

A lista é extensa e poderia ser destrinchada por horas. Podemos observar empresas como Airbnb, Pharmacy CVS, Unirsidade de Stanford, Comcast e algumas investidoras como Blackrock e Sequoia Capital, além do Ministério das Finanças de Bahamas. O Reddit, que em 2022 lançou avatares NFT baseados na Polygon em sua plataforma, também entrou na conta. E até mesmo a fundação Gisele Bundchen Charitable Giving aparece como credora, já que tanto ela como Tom Brady são conhecidos investidores da plataforma.

No ano passado, a FTX disse que devia aproximadamente US$ 3.1 bilhões aos seus 50 maiores credores e, em janeiro, o Juíz John Dorsey permitiu que a corretora mantivesse em segredo o nome de 9.7 milhões de seus clientes pessoa física por três meses, motivo pelo qual foram excluídos da lista. Seguiremos acompanhando o desenrolar do caso…

 

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Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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