Recentemente, o governo chinês fez o anúncio de um plano, pautado em 20 medidas, que leva a China rumo a sua reabertura, relaxando as políticas implementadas de zero covid (ZCP). Entre as mediadas, se incluem: economia chinesa
O relaxamento das restrições para voos internacionais (de entrada) e para voos domésticos;
- um período de quarentena mais curto;
- testes de covid obrigatórios menos frequentes.
Levando em conta que, a reabertura vem junto a um aumento robusto do custo econômico associado às restrições da COVID, um aumento da pressão fiscal para os governos regionais e uma taxa muito baixa de sintomas graves e mortes.
Fonte: J.P. Morgan
A implementação do processo de reabertura traz muitas incertezas! Por mais que frente ao resto mundo, a China pareça estar absurdamente atrasada em sua reabertura, ela enfrenta obstáculos que tendem a dificultar esse processo, como um número muito baixo de infecções, menos de 1% da população total foi infectada, fato que impede a imunização natural após infecção em larga escala.
Assim, outra abordagem, para se chegar à reabertura seria a implementação de vacinas e medicamentos mais eficazes e maior proporção de reforço da vacina, para reduzir a taxa de internação.
No mês passado, a taxa de vacinação da China era de 90,1% (duas doses ou mais) e a taxa de reforço geral foi de 57,3%, mas essa taxa de reforço ainda é muito menor para a população idosa, grupo mais vulnerável a doença.
Ao longo do ano, a economia chinesa foi fortemente afetada pela questão da habitação e como reflexo, o mercado imobiliário do país experimentou a pior correção já registrada.
Fonte: J.P. Morgan
Sendo que, demanda ainda por moradias permanece fraca, apesar da redução das taxas de hipoteca e da flexibilização das restrições à compra de imóveis. Tudo devido à baixa confiança nas expectativas de renda da população chinesa.
Além disso, a fraqueza do consumo é outro grande obstáculo. Nos três primeiros trimestres desse ano, a contribuição do consumo para o crescimento do PIB percentual chinês foi de 1,2%, muito abaixo dos níveis pré-pandemia, quando a contribuição média era de 4,1%pts (2017-19).
Fonte: J.P. Morgan
Com relação as perspectivas, embora a reabertura seja um passo muito importante para remover o maior obstáculo da economia chinesa no momento, ela não é uma solução mágica e o impacto positivo dela não é imediato.
Com base no ocorrido em outros países, é razoável esperar uma curva de infecção muito mais acentuada após a reabertura, o que leva a um declínio temporário na oferta de mão-de-obra devido a doenças. Assim ocorrem atrasos na produção e na atividade da cadeia de suprimentos.
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