O BTC moveu-se lateralmente dentro da faixa de US$ 16.000 a US$ 17.000 na maior parte da semana passada, fechando os 7 dias com uma queda de 0,35%. Temos ressaltado o quanto este patamar é importante de ser mantido, principalmente por se tratar da faixa do custo de produção de BTC dos mineradores (US$ 16.922). E o setor se encontra cada vez mais pressionado à medida que registramos uma nova máxima histórica na dificuldade de mineração da rede após um ajuste de + 0.5%.
Fonte: Glassnode
Com sucessivos aumentos do hashrate e da dificuldade de mineração do BTC, vemos uma rede mais segura mas, também, mais competitiva. Com os custos de eletricidade em alta e as recompensas em baixa, mineradores operam no limite financeiro de suas estruturas. Isto significa que uma queda mais acentuada para baixo destes patamares podem disparar um forte gatilho no mercado.
Na verdade, atualmente já vemos a mais agressiva venda de BTC por mineradores em quase 7 anos. O indicador “Bitcoin Miner Sell Pressure” subiu 394.27% em três semanas e registra patamares extremamente altos.
Desta forma, se o preço do bitcoin não subir, provavelmente teremos novos players do setor quebrando ou interrompendo a operação.
Fonte: Tradingview – Capriole Investments
Em adição aos fatores citados, destacamos ainda o principal “driver” desde algum tempo, que é a macroeconomia. Na quarta-feira (23/11), teremos a divulgação das atas do FOMC, onde podemos ver um cenário de luta para criptomoedas e ações em contraponto à subida de rendimentos do tesouro e do dólar.
Isto porque, em síntese, o FED tem deixado claro que, independentemente da reação positiva do mercado com relação ao último CPI, não mudaria sua posição. A maior parte dos membros do órgão espera uma taxa terminal ainda mais alta do que a comunicada anteriormente.
Assim, é possível que vejamos uma postura e linguagem mais “hawkish” do FED na tentativa de botar o mercado e as expectativas nos trilhos, o que pode impactar negativamente os ativos de risco. Caso o mercado não reaja de forma compatível com a linha do FED, vale lembrar que há outra reunião agendada para o dia 30.