Após o pronunciamento de Jerome Powell no dia 30 de novembro, vimos o preço do bitcoin voltar a subir acima dos US$ 17.000, patamar importante que vinha sendo mantido desde então.
Com o fechamento da vela diária de ontem (-1.53%), no entanto, o ativo volta a ser negociado abaixo da linha de custo de produção de BTCs por mineradores (US$ 16.900) quando levamos em conta apenas a eletricidade, o que significa dizer que, novamente, temos a média do setor operando em prejuízo.
Vale ressaltar que uma operação de mineração não conta somente com o fator energético em seus custos, mas também com a manutenção da frota dos equipamentos utilizados, que normalmente são atualizados a cada 2 ou 3 anos.
O cenário atual é de, até mesmo máquinas consideradas super recentes e energeticamente eficientes, operando em prejuízo. Além disso, uma série de empréstimos contraídos por esses agentes precisam ser resolvidos. Com o desligamento de muitas máquinas, vimos o hashrate da rede Bitcoin cair com força em novembro.
Fonte: LookIntoBitcoin
Com isso, naturalmente vimos também a dificuldade de mineração da rede caindo 7.32%, um declínio expressivo.
Fonte: Glassnode
No entanto, podemos constatar que desde o finalzinho do mês, por volta do dia 27, o poder computacional voltou a crescer, o que se sustentou ainda mais com a subida do preço do bitcoin estimulando os mineradores.
É crucial que essa nova queda recente do preço do bitcoin para abaixo do custo de produção dos mineradores não se sustente pois, caso contrário, voltará a colocar pressão acentuada no setor.
Este tema é bastante delicado e pode ser visto sob diversos prismas. Se, por um lado, um hashrate mais alto significa uma rede mais robusta e segura, indicando que muitos “players” estão investindo “poder de hash” na rede, por outro lado significa uma maior competição entre estes “players”, o que automaticamente demanda mais custos.
Em contrapartida, uma série de indicadores “on-chain” voltam a printar sinais de possível fundo cíclico do mercado. O percentual de “bitcoin realized cap” – modelo de capitalização de BTC que avalia cada moeda circulante em função do preço pelo qual foi movida a última vez – movido pela última vez entre 1 semana e 1 mês mostra um forte crescimento pela primeira vez nesse “bear market”.
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