Após fechar sua melhor semana desde março de 2022 e chegar a ultrapassar momentaneamente a marca dos US$ 21.000, seu maior patamar em mais de dois meses, o bitcoin (BTC) segue sendo negociado acima dos US$ 20.000. Na manhã desta segunda-feira, especificamente, a moeda opera próxima à uma região de resistência de curto prazo: US$ 20.900.
Os volumes de negociação do ativo dispararam com o recente movimento de alta impulsionado pelos últimos dados do CPI vistos na semana passada, atingindo seus maiores níveis desde o colapso da FTX e da Alameda.
Fonte: Kaiko Research
Quando averiguamos o perfil dos “traders” e das negociações por trás desta subida, vemos que as baleias podem estar liderando o rali. Na Binance, por exemplo, o tamanho das negociações subiu de US$ 700 para US$ 1.1 mil desde 8 de janeiro.
No entanto, enquanto a profundidade do mercado aumentou temporariamente em dezembro, a liquidez começou a se deteriorar novamente no início deste ano.
Fonte: Kaiko Research
O fato é que o final de semana apresentou saldo extremamente positivo para as criptomoedas, principalmente entre tokens de menor capitalização de mercado, evidenciando de forma clara a disposição dos “traders” com ativos de risco e fazendo a capitalização do mercado como um todo voltar aos US$ 1 trilhão pela primeira vez desde 7 de novembro, pouco antes da quebra da corretora de SBF.
Isso fica ainda mais evidente quando observamos que ontem o indicador “Fear and Greed Index” atingiu patamares não vistos desde abril de 2022, saindo da zona de “medo” e entrando na “neutralidade”.
Fonte: Alternative.me
O otimismo aparece também nas taxas de financiamento de contratos perpétuos, que alcançaram seu maior valor dos últimos 14 meses, mesmo patamar de novembro de 2021 quando foi estabelecida a última “all-time-high” do bitcoin (BTC).
Fonte: Blocktrends
Com isso, entre os ativos que mais apresentaram valorização nos últimos dias estão alguns dos que mais sofreram com o colapso da FTX, como Solana e FTT. Destacamos, no entanto, que o movimento é totalmente especulativo e que não há qualquer fundamento por trás da valorização do FTT que justifique, hoje, o movimento. Destacamos também que esse comportamento de perda de dominância do bitcoin frente às altcoins merece atenção e cautela.
Para finalizar essa primeira parte de “visão geral” do mercado, vale ressaltar que, com o movimento de alta e o retorno de uma maior atividade da rede, a Ethereum voltou a operar de maneira deflacionária no final de semana! O “overview” da mudança na oferta de ETH mostra que a atual taxa de deflação anualizada da Ethereum é de cerca de 0,03%.
Fonte: OKLink