Os últimos dias da comunidade cripto têm sido marcados por debates em torno de um novo projeto, a Aptos. Na terça-feira, vimos a Aptos Foundation realizar um “airdrop” de tokens para recompensar os primeiros participantes da rede. No mesmo dia, a Binance listou a moeda em sua corretora, e a Crypto.com segue o movimento no dia de hoje.
Vamos entender melhor do que se trata isto tudo!
Sabemos que 2022 tem sido marcado por enormes eventos de exploit e hackeamento, o que provavelmente nos colocará no top 1 da história das criptomoedas – um péssimo ranking de se estar, diga-se de passagem. Além disto, também vemos um forte movimento dos protocolos em busca de soluções para problemas de escalabilidade. E é justamente nesse binômio que este novo projeto quer se destacar: A Aptos é uma blockchain Proof-of-Stake de primeira camada com intuito de se tornar “a mais segura do mundo”, além de extremamente escalável. Naturalmente, na dinâmica do Trilema, opta por sacrificar a descentralização.
Para isto, a Aptos usa como linguagens de programação a Move e a Move Virtual Machine (MVM). A Move é baseada em Rust, o que permite a finalização da transação em menos de um segundo, além de um alto TPS. Sua testnet foi submetida a testes de estresse para processar mais de 10.000 transações por segundo (TPS). A ideia é que, ao final de três fases de atualização, alcance – pasmem – 160.000 TPS.
Mas de nada adiantaria finalizar rapidamente as transações sem ter segurança, certo? Este é um dilema que a Solana vive, por sinal…
E é por isso que é válido destacar que a linguagem Move, além da funcionalidade da velocidade, tem seu foco principal em segurança e criptografia.
Equipe e código Aptos
Mas um dos pontos que mais tem chamado a atenção da comunidade e dos investidores é o fato do projeto ser tocado por ex-desenvolvedores da Meta, Mo Shaikh (CEO) e Avery Ching (CTO), que lideram uma equipe de desenvolvedores e engenheiros, pesquisadores e designers. O projeto é de código aberto e público, e seu mecanismo de consenso no GitHub já é um dos mais bifurcados da plataforma.
Dezenas de aplicações já vinham sendo construídos na testnet e se preparando para trazer suas inovações para o ecossistema. Caso a Aptos consiga aliar a escalabilidade com a proteção contra os vários problemas de segurança vistos em outras blockchains, como ataques DDoS, tempo de inatividade de rede e hacks de drenagem de carteira, pode atrair com sucesso a próxima geração de DApps, DAOs e NFTs.
Financiamento do projeto
Além disto, o projeto já levantou uma das maiores rodadas de financiamento da história dos criptoativos com mais de US$ 350 milhões, sendo avaliado em US$ 3 bilhões antes mesmo de seu nascimento. Grandes apoiadores de destaque são a FTX Ventures, Andreessen Horowitz, a16z, Circle Ventures e Multicoin Capital.
Contras e oportunidades da Aptos
Como tudo na vida, nem tudo são flores. Alguns pontos negativos merecem atenção, como a alocação do tokenomics bastante centralizada, com 49% voltada para investidores, fundação e contribuidores, algo que só foi divulgado após a abertura de negociação dos tokens. Este tipo de divisão costuma ser relativamente comum em projetos mais centralizados como a BNB, por exemplo.
Apesar de os investidores e contribuidores terem que esperar 1 ano para começar a receber seus tokens, a Aptos permite que os tokens travados sejam usados para realizar staking, o que significa que estes atores poderão gerar renda/recompensas e estimular uma pressão de venda antes mesmo de, de fato, terem seus tokens com eles.
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