Ontem, 17/11, as companhias Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3) informaram ao mercado via Fato Relevante que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), aprovou sem restrições a fusão das duas companhias.
Adicionalmente, informaram a previsão de que essa operação estará concluída em janeiro de 2023, e até lá, as companhias continuarão suas operações independentemente.
Como ficará a nova companhia?
Essa fusão foi aprovada pelos acionistas por volta de junho de 2022 e criará a maior companhia de shoppings do Brasil, com cerca de 69 ativos ao redor do Brasil.
Portfólio Combinado das Companhias
Fonte: RI BR Malls
Essa fusão alavancará os números da companhia, utilizando o exemplo do ano de 2021, essa nova companhia consolidada teria cerca de R$30 bilhões em vendas totais e cerca de R$1,4 bilhão de EBITDA.
Números Combinados
Fonte: RI BR Malls
No entanto, deve-se pensar além da combinação dos resultados, pois, nesse tipo de operação, é onde geralmente 1 + 1 resulta em algo maior que 2, por conta das sinergias capturadas.
Dentre essas sinergias, podemos citar as despesas gerais e administrativas como um todo, mas também uma logística mais eficiente, maior poder do digital e maior poder de barganha no geral, por exemplo, as companhias (ALSO3 e BRML3) somadas, terão cerca de 109 lojas da Renner, mais que o dobro do que seus concorrentes.
Lojistas das Companhias Combinadas
Fonte: RI BR Malls
Isso, se traduz em um maior poder de negociação, não só com os lojistas, mas também com os fornecedores. Com isso, imaginamos que com a finalização dessa fusão, a companhia terá um grande valor para ser capturado e gerado para os acionistas. Vale mencionar também, a qualidade dos ativos, principalmente do lado da BR Malls (BRML3).
Dessa forma, embora ambas companhias tenham potencial para ser capturado, vemos com melhores olhos os papéis da Aliansce Sonae (ALSO3).
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