Investidores entram com ação coletiva contra Gemini e irmãos Winklevoss!

Gemini

Ontem (27), uma ação coletiva contra a Gemini Trust Co. e seus fundadores, os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss, foi apresentada na U.S. District Court for the Southern District of New York. Em síntese, investidores acusam a empresa de fraude e violações do Exchange Act em função do não-registro de “interest-bearing accounts” como securities.

Para contextualizarmos melhor, ressaltamos que a Gemini tem seu próprio produto de alto rendimento chamado Gemini Earn, que permite aos clientes depositar suas criptomoedas em troca do recebimento de juros, assim como uma conta bancária, oferecendo retornos entre 0.45% e 8% a depender do montante de sua participação e do ativo em questão.

A ação coletiva acontece em um momento sensível para a exchange, que suspendeu saques da Gemini Earn em novembro depois que a Genesis Global, principal parceira da corretora, enfrentou problemas de liquidez em meio ao contágio no mercado desencadeado pelo colapso da FTX e da Alameda Research, cujos efeitos seguem ocorrendo em uma espécie de cascata.

De acordo com relatórios do início de dezembro, a Genesis e sua controladora Digital Currency Group (DCG) devem aproximadamente US$ 900 milhões aos usuários do produto Gemini Earn. Por esse motivo, os investidores reclamam na ação coletiva que a Gemini “se recusou a honrar quaisquer outros saques de investidores, eliminando efetivamente todos os investidores que ainda tinham holdings no programa”.

Outro argumento levantado pela ação é de que caso o Gemini Earn tivesse sido registrado como security, os investidores teriam acesso a informações que lhes permitiriam avaliar melhor os riscos associados à operação. Escrevemos um insight recente onde abordamos de forma mais aprofundada as relações e os desdobramentos do Caso Genesis/DCG/Gemini”.

As últimas informações seguem no sentido de que, no intuito de resolver esses problemas de liquidez da DCG e da Genesis, conseguindo honrar com os saques dos ativos dos usuários, a Gemini recorreu aos serviços da consultoria financeira da Houlihan Lokey. No dia 20, Cameron Winklevoss afirmou que a consultora financeira havia apresentado um plano em nome do Comitê de Credores.

Fonte: Twitter @cameron

 

Em um post na semana passada, a exchange disse que continua trabalhando com Genesis e DCG, operando “com a máxima urgência” e com todas as partes “engajadas e colaborativas”. E, ontem, uma nova nota oficial acrescentou que o trabalho continuou durante o feriado de Natal em busca de uma resolução, afirmando que esperam dar uma atualização mais completa até o final desta semana.

Fonte: Gemini.com

 

Caio Goetze

Formado em Direito pela PUC-RJ e pós-graduando em Direito Digital pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) em parceria com a UERJ, conta com 3 anos de experiência e diversos cursos de formação acadêmica de bagagem no “criptomercado”.

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