A divulgação da ata do FOMC na última semana pode ter gerado esperança de uma eventual desaceleração no ritmo de aumento das taxas de juros. Vemos o dólar caminhando para um forte declínio mensal e o rendimento do tesouro norte-americano de 10 anos caindo mais de 30 pontos-base em novembro, o que pode indicar um otimismo começando a reaparecer em alguns ativos à medida que os investidores se sentem mais à vontade com a tomada de risco.
O final de semana foi, em geral, de tranquilidade para as criptomoedas. No entanto, ainda há bastante incerteza no mercado para que falemos em uma reversão majoritária de tendência. Assim, embora o bitcoin (BTC) tenha fechado a semana com aproximadamente 1% de alta, opera em queda de 1.51% até o momento da redação desta Newsletter de segunda-feira. A mesma dinâmica ocorre com o ether (ETH), que fechou a semana com alta de 4.5% e opera em queda de 2%.
Já entre as 10 maiores “altcoins” em capitalização de mercado, quando avaliamos o agregado das últimas 24 horas, observamos desempenho no vermelho para todas. Dogecoin lidera a queda com 9.03%, seguida por XRP (-6.56%), BNB (-6.33%), MATIC (-4.56%) e ADA (-4.17%).
Esta semana, podemos ter novos insights sobre as taxas de juros tendo em vista que o presidente do FED, Jerome Powell, se pronunciará na quarta-feira na Brookings Institution. Já na quinta-feira (01/12), Powell discursará sobre as perspectivas econômicas e o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Na sexta-feira (02), por fim, os EUA anunciarão a taxa de desemprego de novembro. Hoje, a probabilidade de uma alta de 0.5% no dia 14 de dezembro é de 69.9%.
Fonte: CmeGroup
Nas últimas horas, duas transações chamaram a atenção da comunidade de criptomoedas. Durante a madrugada, o endereço de uma baleia movimentou 73.224 ETH para uma corretora centralizada, o que costuma indicar uma possível venda futura dos ativos. Também vimos uma grande transação acontecendo com relação ao bitcoin. A reserva da Binance teve cerca de 127.861 BTCs sacados de uma só vez.
No entanto, constatamos que essa movimentação foi parte do processo de auditoria da corretora, na esteira do movimento de “Proof-of-Reserve” iniciado após o colapso da FTX. Basicamente, a empresa de auditoria que gere a Binance requereu que a corretora enviasse uma determinada quantia de BTCs para uma outra carteira deles próprios (Binance) para confirmar a custódia real dos ativos.
Fonte: Twitter @cz_binance